Correio do Estado – 15/12/2022 12h15 – NAIARA CAMARGO E CAUÊ REIS

Sandro Benites, atual secretário municipal de saúde da Capital – Michel Faustino

A população pode descartar materiais criadouros do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, em pontos de coleta localizados nos bairros Moreninhas II e III.

Os materiais que podem ser descartados são garrafas pet, copos plásticos, tampas, potes, frascos, PVC, saco plástico, engradados de bebidas e baldes.

São dois pontos de descarte. Um fica na rua Camacari, entre as ruas Oeiras e Ároazes, no bairro Moreninhas II e o outro encontra-se rua Mandracaru, entre as ruas Samburá e Nurune, na Moreninha III. 

Aos finais de semana, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços (Sisep) recolherá os objetos deixados para dar o devido descarte. Os pontos de descarte são temporários e ficam abertos até o dia 25 de dezembro.

O objetivo é controlar e eliminar os focos do mosquito da dengue, que aumentam com as chuvas de verão, além de conscientizar a população a respeito da importância de combater à doença.

“Os materiais que podem ser descartados são recicláveis e a comunidade precisa fazer a parte dela para combate da doença”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Sandro Benites. 

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) apontam que Campo Grande registrou 8.616 casos prováveis de dengue, de 1º de janeiro a 14 de dezembro deste ano.

O número é quase duas vezes maior em relação ao mesmo período do ano passado. Mato Grosso do Sul ocupa o 9º lugar no ranking nacional de incidência de dengue.

A dengue fez 22 vítimas em Mato Grosso do Sul em 2022. Os óbitos são dos municípios de Campo Grande (7), Aparecida do Taboado (1), Chapadão do Sul (2), Guia Lopes da Laguna (1), Itaporã (1), São Gabriel do Oeste (1), Douradina (1), Porto Murtinho (2) e Dourados (1), Ivinhema (1), Bataguassu (1), Nioaque (1), Miranda (1) e Costa Rica (1).

Ações da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e SES, em combate ao Aedes Aegypti, contribuem para a diminuição do número de focos e criadouros do mosquito.

Os atos são Dias “D”, liberação de mosquitos Wolbachia e visita de servidores de casa em casa para verificar possíveis criadouros do mosquito e, em seguida, eliminá-los. 

Números divulgados pela Sesau apontam que 11.585 criadouros e 524 focos do mosquito Aedes Aegypti foram eliminados, de 3 de novembro a 14 de dezembro de 2022, em Campo Grande.

Ao todo, 21.041 imóveis foram inspecionados e a previsão é que este número dobre até fevereiro.

Dengue

A dengue é uma arbovirose, doença febril aguda que pode evoluir para casos mais graves ou não. A doença é transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti.

O mosquito Aedes Aegypti também transmite outras doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. 

A enfermeira Nivea Lorena explicou ao Correio do Estado que os sintomas da dengue são dor de cabeça, dor nos ossos, dor atrás dos olhos, vômito, febre e mal-estar.

O tratamento da dengue é sintomático, ou seja, feito para aliviar os sintomas. A hidratação é fundamental durante o tratamento. 

Os medicamentos recomendados, em caso de dor, são paracetamol ou dipirona.

Prevenção

Existem formas de prevenir e combater a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Confira:

  • Evitar deixar água parada em vasos de plantas;
  • Manter caixas d’água bem fechadas;
  • Eliminar acúmulo de água sobre a laje;
  • Manter garrafas e latas tampadas;
  • Fazer manutenção em piscinas;
  • Manter pneus ou outros objetos que possam acumular água em locais cobertos;
  • Tampar ralos;
  • Usar repelentes;
  • Fumacê;
  • Método Wolbachia.