15/12/2016 / Fonte: CNseg
Os avanços em relação à aprovação do Seguro de Vida Universal (Universal Life), tema que estará na pauta de amanhã do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), e a retomada da discussão em torno da regulamentação do Previ Saúde estão entre as expectativas do setor de seguros brasileiro para o início de 2017. A afirmação foi feita pelo presidente da Confederação Nacional de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), Marcio Serôa de Araujo Coriolano, durante o tradicional almoço de confraternização das lideranças do mercado segurador realizado nesta quinta-feira, 15/12, no Rio de Janeiro.
Ainda no âmbito regulatório, Coriolano destacou o empenho da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para que fossem concluídos, satisfatoriamente, os ajustes do Seguro Auto Popular e a tramitação do Seguro-Garantia para obras de infraestrutura no Congresso Nacional. O executivo também citou o encaminhamento da reforma da previdência pelo Poder Executivo e o estudo de um novo modelo para o Seguro Rural que se encontra em discussão em comissão governamental, já criada, e com participação da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg).
“Não há dúvidas de que o ano de 2016 que está se encerrando caracterizou-se como de extrema dificuldade para o país. Em todas as dimensões: na econômica, na política, na social, e na dimensão ética”, pontuou o executivo, ressaltando que todos os indicadores de desempenho da economia mostraram recuo: a produção industrial recuou 7,8%; a produção da indústria de transformação caiu 7%; a produção de bens duráveis caiu 18,6%; a fabricação de veículos reduziu-se em 17%; o financiamento imobiliário teve queda de 41,5%.
Segundo Coriolano, os analistas são unânimes em apontar a retração econômica de 2016 como a maior dos últimos 25 anos. “Os combustíveis de nossa indústria de seguros, o emprego, a renda e o produto, pioraram muito. O rendimento médio voltou a níveis observados ainda no início de 2013. A taxa de desocupação aumentou consistentemente, de 6,2% ao final de 2013 para os atuais 12%. Quanto ao produto, não há nenhuma aposta melhor do que uma queda de 3,5%. Entretanto, o setor deu mostras de resiliência, trimestre pós trimestre. Até outubro, o crescimento da arrecadação aproximava-se de 8%”, enfatizou.
 
O executivo reconhece que a equipe econômica do atual Governo empenhou-se em ações que, ao menos, contribuíram para impedir o progresso do ciclo de contração iniciado desde o segundo trimestre de 2014. “O comportamento altista da inflação foi contido, abrindo a possibilidade da retomada, pelo conselho monetário nacional, da redução da taxa de juros, embora ainda em nível inferior às expectativas dos agentes econômicos. Medidas de natureza estrutural estão sendo intentadas, como a emenda que permitiu o teto dos gastos públicos, a tramitação da emenda da reforma previdenciária, e o projeto de lei que deverá mudar o moroso processo de licitação de obras públicas”, concluiu.