CNseg – 05 de Dezembro de 2022 – Eventos

A última fase da 3ª edição do “Conexão Futuro Seguro” ocorreu em 1º de dezembro, no Hotel Copacabana Hilton, com transmissão simultânea pela internet. O evento de inovação e capacitação dos corretores de seguros foi organizado pela Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), em parceria com os Sindicatos de Corretores de Seguros (Sincor). Contou, nesta última fase da 3ª edição, com apresentação do jornalista político Gerson Camarotti sobre a atual conjuntura político-econômica brasileira, seguida de debate sobre o mesmo tema.   

Camarotti lembrou que a apertada eleição presidencial deste ano e a polarização iniciada em 2013 mostram um “país fraturado”, criando um ambiente hostil para a realização de negócios. “Lula chega com o desafio de pacificar o país”, afirmou. O jornalista também falou sobre a dificuldade de se aprovar a PEC da Transição como o PT queria e da dificuldade de se conseguir uma boa governabilidade com a pequena bancada eleita pelo PT, obrigando o futuro presidente a negociar para atrair um grupo parlamentar maior, que lhe dê sustentação para aprovar os projetos idealizados. 

No debate que se seguiu, moderado pelo presidente da Fenacor, Armando Vergílio, o deputado Federal Lucas Vergílio, que também é presidente da Escola de Negócios e Seguros, foi questionado sobre como acha que o novo governo se relacionará com o setor segurador. Ele respondeu que suas expectativas são muito positivas, pois foi no primeiro governo Lula que um profissional do setor assumiu pela primeira vez a superintendência da Susep.

O atual superintendente da Susep, Alexandre Camillo, afirmou, em sua participação, que existem políticas de governo, que variam de acordo com a gestão, e políticas de estado, que são mais perenes, ao explicar por que não acredita que o próximo governo fará uma mudança de 180 graus no setor. E como exemplo de política de estado, citou o IMS, que é a sigla para o grupo de trabalho criado pelo Ministério da Economia para discutir medidas de incentivo ao mercado de seguros no país. “Passado esse momento de rearranjo, espero que, no futuro, quem estiver na minha posição, possa olhar para a frente”, concluiu. 

O diretor Técnico e de Estudos da CNseg, Alexandre Leal, participando do painel em substituição ao presidente Dyogo Oliveira, afirmou que, neste ano, as pontes foram reconstruídas com a Susep, estabelecendo-se diálogos importantíssimos em prol do fortalecimento do setor. Leal também elogiou o movimento da Superintendência de Seguros Privados em priorizar as normas baseadas em princípios, permitindo que as seguradoras sejam mais criativas na criação de novos produtos. “Um dos grandes desafios do setor é ser visto pela sociedade na dimensão da importância de quem devolve uma quantidade enorme de recursos para a sociedade”, disse ele, lembrando que, até outubro, a arrecadação do setor cresceu 18%. Sobre o ano de 2023, Alexandre Leal disse que ainda será de muitas incertezas, mas confia que o setor continuará crescendo acima do PIB.