Altevir Dias do Prado

Com a divulgação sistemática da redução do número de casos e mortes por Covid-19, principalmente nas últimas quatro semanas, vamos percebendo que estamos descendo a curva. Em que pese o Brasil ser o segundo país em número de vítimas, lamentavelmente, ficamos muito tempo no topo da curva, mas agora a descida parece ser lenta e consistente indicando que provavelmente o pior já ficou para trás. É uma afirmação com base em dados estatísticos já percebida pela sociedade que vai retomando as atividades de forma cuidadosa. Em São Paulo, por exemplo, as aulas estão sendo retomadas.

Acertos e desacertos

O combate à pandemia em si foi bastante ruidoso no Brasil, gerou muita polêmica, não houve coordenação centralizada e nem mesmo unanimidade nas ações. O que de certa forma era de se esperar tendo em vista que o país ainda vinha de uma grave crise econômica prolongada e a paralisação das atividades por algum tempo asfixiaria ainda mais comércio e serviços. O mercado de seguros contribuiu para o achatamento da curva, que realmente se verificou na prática. De maneira boa ou ruim o poder público fez a sua parte com hospitais de campanha espalhados por todo o país. Não vimos aquelas situações mais dramáticas de pessoas morrendo aos montes por falta de atendimento, o que pode ser considerado uma vitória da sociedade brasileira e do serviço de medicina, que se preparou.

Aprendizado

Aprendemos muito com essa pandemia, em especial, que o modelo egocêntrico de cada um por si não funciona. A ideia de querer sempre lucrar mais do que deveria sem se preocupar com o cliente ou com o fornecedor está fadada ao fracasso. Essa é uma grande lição que a pandemia nos deixa de que é preciso que todos estejam bem, cuidado com o outro. Passamos a dar mais valor a todos que nos rodeiam. A pessoa que cuida dos afazeres domésticos é tão importante quanto qualquer outro membro da família. A gente viu agora que depende muito do porteiro ou do entregador, temos todos uma interdependência muito grande. Esse é o grande ensinamento que espero não seja esquecido nos tempos futuros após esse período mais doloroso.

Mercado se superou

O mercado de seguro deu um show. Rapidamente tomamos todos os cuidados com os funcionários mandando todos permanecerem em casa. Demos um show de tecnologia, mantivemos os nossos serviços e sistemas funcionando perfeitamente como se fosse presencial. Olhar para trás e não esquecer do aprendizado. Ter a clareza de que ainda não ficou para trás e que os cuidados precisam ser mantidos, que a volta precisa ser de forma cautelar e cuidadosa para não ocorrer retrocesso. Muitas seguradoras já voltaram mas com cuidado, considerando que ainda não temos a cura e nem a vacina disponível.Altevir Dias do Prado

Futuro

A sociedade já começa a entender que, independente da vacina ou da cura, é preciso voltar para uma certa normalidade e com protocolo de cuidados. O pior vai ficando para trás, agora é resguardar e petrificar nosso aprendizado e de forma cautelar e segura, seguindo os protocolos, se preparar para voltar.

Parabéns ao mercado de seguros pelo cuidado que teve com seus funcionários, pelo show que deu de tecnologia e pela manutenção de todos os serviços durante esse período. Olhar para frente com otimismo de quem aprendeu muito e que tem ainda muito a fazer. O Sindseg PR/MS permanece ao lado das seguradoras ajudando no que for necessário para que essa volta seja segura, tranquila e boa para todos.