Notícias | 26/09/2022 | Fonte: JRS
Durante a terceira edição do Credit Talk, evento promovido pela Allianz Trade para discutir perspectivas econômicas, o economista Rodolfo Margato, da empresa XP, analisou o cenário pós-eleições. Na live, ao lado do Superintendente de Risco da Allianz Trade, Rafael Guarento, o especialista traçou algumas possibilidades, após o resultado das eleições que acontecem nos próximos dias.
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Durante a conversa, Margato pensa que a grande dúvida do mercado é sobre a condução de política econômica do próximo governo, seja ele reeleito ou um novo entrante. Para o economista, se tivermos no Brasil um governo comprometido com a agenda fiscal, seja a manutenção da regra do teto de gastos ou alguma âncora fiscal crível na avaliação do mercado, a tendência é continuidade da recuperação econômica, crescimento de PIB, redução na taxa de desemprego e continuidade da melhoria macroeconômica.
Na conversa, os especialistas avaliaram também o cenário adverso. “Não vemos como o mais provável, mas temos que considerar e discutir como sendo uma possibilidade”, afirma Margato. “Um governo sem controle fiscal, que aumenta a despesas, que não segue com agenda de reformas, com avanços microeconômicos, pode levar a uma reação negativa do mercado. Isso abriria uma taxa de câmbio depreciada, aumento do custo de financiamento da dívida pública e, naturalmente, um menor crescimento econômico”, pondera.
Ao analisar as propostas dos dois principais candidatos, o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o economista da XP avalia que, “em uma eventual reeleição, não se espera uma grande mudança nas diretrizes que foram observadas ao longo dos últimos anos do governo Bolsonaro”. Já em relação à eleição do ex-presidente Lula, o especialista vê duas possibilidades. “A grande dúvida é se teremos um governo do PT mais pragmático e alinhado a uma política econômica – que o mercado avalia como solida e sustentável. Ou se haveria uma intervenção maior no ambiente econômico, com a utilização mais massiva de bancos públicos na concessão de crédito”. Margato explica, no entanto, que não é esperado que haja esta grande ruptura.
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