Jovens são os mais resistentes a contratar serviços de assistênciaGiovanna Dagnino • Punta del Este* – Publicado em 12/11/18 às 05:00A venda de seguro viagem ainda é um desafio para as agências de turismo. Entre os brasileiros, só 30% dos que vão transitar de um país para outro contratam serviços de assistência e, geralmente, só o fazem quando há exigência do governo do destino buscado. O problema é ainda maior entre os jovens, que tendem a ver menos necessidade de gastar com esses produtos.O número foi obtido a partir do cruzamento de dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e apontam que, apesar do desafio, o mercado deste tipo de serviço ainda tem muito que crescer, mas precisará se adaptar para atender os jovens. “Os millenials, nascidos e criados na era da internet, exigem serviços mais velozes, imediatos e satisfatórios”, explica o especialista de turismo da TOTVS, Cláudio Cordeiro.Sabendo disso a Assist Card lançou um aplicativo em que os clientes podem acionar o seguro, contratar pacotes e ainda realizar chamadas em vídeo com médicos ao invés de consultas presenciais durante a viagem. “Percebemos que esse grupo, realmente, vem migrando para o online. O nosso público, por exemplo, varia em uma faixa de 18 a 40 anos de idade”, afirma o diretor geral para o Brasil da Assist Card, Alexandre Camargo.Segundo Cordeiro, esta geração tem um perfil exigente, o que pode mudar a cultura do brasileiro em relação à prevenção. “Segurança é um item fundamental para essa geração porque eles querem fazer uma viagem sem problemas”, comenta.Questão culturalEntre os viajantes brasileiros o perfil do brasileiro é tentar economizar com este tipo de custo, o que exige dos vendedores um trabalho para mudar essa cultura. “É um papel das asseguradoras e das agências mostrar ao viajante a importância deste serviço”, analisa Camargo, acrescentando que grande parte das pessoas ainda não sabe do que se trata o seguro de viagem e, muitas vezes, confundem com seguro de saúde para o exterior.A necessidade de cobertura em caso de problemas no exterior é ainda maior entre os intercambistas, já que o tempo de permanência no destino é maior. “Um terço dos nossos maiores vendedores são agências de intercâmbio online, que apresenta um dos segmentos que mais cresce no Brasil”, afirma Camargo.Se o brasileiro tenta evitar este tipo de custo, a exigência do serviço tem ganhado cada vez mais adeptos mundo a fora. “Existem até alguns países, como Austrália e Inglaterra, nos quais o seguro é obrigatório. No caso da Austrália, ele é do governo e é bem básico, por isso sugerimos ao consumidor que complemente com outro privado”, comenta a gerente de operações e produtos da Hello Study, Elaine Martins.Para Camargo, uma forma de estimular esse hábito entre os viajantes é que se ofereça o serviço como benefício na contratação do pacote por parte de companhias aéreas e agências de turismo, principalmente em contratos anuais. “Os passageiros optam pela conveniência de comprar um seguro anual sem se preocupação em ter que adquirir assistência toda vez que for viajar.” Hoje 22% das vendas da Assist Card no Brasil se dão nessa modalidade. /*A repórter viajou ao Uruguai a convite da Assist Card.
Fonte:
https://www.dci.com.br/servicos/menos-de-um-terco-dos-viajantes-fazem-seguro-1.757503