CNseg – 03 de Novembro de 2022 – Imprensa

A edição desta quinta-feira, 3 de outubro, do Jornal Valor Econômico, traz uma matéria sobre a preocupação do setor segurador com as questões ambientais, sociais e de governança, representadas pela sigla ASG. A matéria informa que, mesmo antes da publicação da Circular Susep nº666, de junho deste ano, estabelecendo mecanismos para o mapeamento e gestão de risco das empresas do setor com relação a riscos climáticos, ambientais e sociais, já havia uma evolução em direção à inovação, diversidade e produtos relacionados ao tema. 

Ouvida na matéria, a superintendente de Relações de Consumo e Sustentabilidade da CNseg, Luciana Dall’Agnol, afirmou que “o tema é caro para o setor de seguros”, havendo preocupações e oportunidades. De um lado, disse ela, as empresas terão que se voltar, por exemplo, ao risco ambiental de suas carteiras e, de outro, abre-se um mercado para desenvolver novos produtos. 

Como exemplo de novo produto, a reportagem cita a emissão da primeira apólice de seguro rural paramétrico do Brasil, firmada em 2022, para produtores de cacau na Bahia. Nesse contrato, a indenização não se dá, propriamente, em função das perdas ocorridas, mas de acordo com determinados parâmetros de riscos climáticos identificados pelas estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Na visão da CNseg, a definição de parâmetros numéricos tira a subjetividade do processo, e o maior volume de informações e de dados confiáveis reduz os riscos. 

A Circular Susep nº666 também define que, a partir de 2023, as empresas do setor implementem critérios e procedimentos para precificação e subscrição de riscos que levem em conta o comprometimento do cliente na gestão de riscos de sustentabilidade e sua capacidade de mitigá-los.  Em uma terceira fase, exigirá, ainda, que as seguradoras mensurem a exposição de seus riscos ASG e publiquem relatórios de sustentabilidade. 

“O setor recebeu as regras com muito bons olhos. O mercado entende que a agenda é importante e o assunto é transversal dentro das companhias”, afirmou Dall’Agnol. Também ouvido na matéria, o analista da CNSeg Pedro Werneck complementou que “ramos como agronegócios e danos e responsabilidades entenderam que precisavam incluir variáveis ASG”. 

A reportagem ainda cita a mais recente edição do Relatório de Sustentabilidade da CNseg, que indica que 86,4% das empresas participantes da Confederação Nacional das Seguradoras integram as questões ESG em sua estratégia de negócios. E 59,1% delas o fazem em seus processos de subscrição de risco. Do lado da alta liderança, a maioria das seguradoras (59,1%) já oferece treinamentos voltados à área, mas ainda é uma minoria (27,3%) que inclui estas questões em percentuais relevantes nas metas de desempenho de seus principais executivos. 

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