19/03/2018 / FONTE: O Paraná
O atraso do ciclo da soja no verão 2017/18, na região Oeste, fez com que o principal alimento para o inverno, o milho safrinha, fosse cultivado com atraso. Os quase 750 mil hectares desse cereal em Cascavel e Toledo foram cultivados apenas porque o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento prorrogou em 20 dias o zoneamento, encerrando o prazo legal nos primeiros dias deste mês. Segundo dados da Susep, a procura por seguro rural para cultura aumentou cerca de 20% em 2018, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Na avaliação da entidade, esse crescimento está ligado a preocupação com questões climáticas que as lavouras vão enfrentar quando as temperaturas mais baixas chegarem. As áreas com milho já estão completamente cultivadas e em processos de germinação e desenvolvimento vegetativo. Para os produtores, a grande preocupação é que essas safras estejam em processo de desenvolvimento e maturação justamente no período em que o frio chega na região, entre maio e junho. Em todo o estado do Paraná, espera-se que a contratação por esse tipo de produto ultrapasse a marca de R$ 500 milhões este ano. O setor agrícola estima que 20% a 25% desse valor seja oriundo de contratos assinados na região oeste. Montante deve chegar em R$ 100 milhões em seguros durante 2018. Em 2017, as contratações em todo o estado bateram os R$ 398 milhões, em torno de R$ 80 milhões deles no oeste, considerando todas as culturas.