O seguro prestamista — modalidade que protege o trabalhador de dívidas em créditos ou financiamentos contratados junto aos bancos ou em parcelamentos no varejo, em caso de perda involuntária de emprego ou incapacidade total temporária, além de morte e invalidez — cresceu 25,5% no primeiro trimestre deste ano, a maior expansão entre os produtos de seguro contratados no período, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Em comparação, o seguro de vida cresceu 17,2%; o viagem, 11,7%; e o funeral, 11,8%. Segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), em 2018, a venda desse seguro somou R$ 11,3 bilhões, um aumento de 19,35% em relação ao ano anterior. A explicação seria uma combinação de dois fatores: um aumento na expansão do crédito e a consequente necessidade de uma proteção maior contra a inadimplência por parte de bancos e varejistas e uma maior consciência da população sobre a necessidade de honrar seus pagamentos e não ficar com o nome sujo. —Acreditamos que houve tanto uma maior oferta de bancos e varejistas do seguro prestamista aos clientes como uma aceitação maior da população de sua importância. O produto vem ganhando espaço por melhorar os níveis de inadimplência — afirmou Luciano Snel, vice-presidente da FenaPrevi. Para as empresas que atuam no mercado de seguros, o medo da inadimplência pode ser o principal fator de crescimento do prestamista. — De fato, outros produtos ligados ao consumo têm crescido bem menos do que o seguro prestamista, o que mostra, sim, que há um temor de inadimplência. O seguro é acessível a todas as classes porque seu valor corresponde ao valor da parcela do bem ou do empréstimo, em média de 5% a 8% do montante total.