Notícias | 21 de dezembro de 2022 | Fonte: Diário do Comercio por CQCS

O mercado de seguros fechou outubro em alta. Em mais um mês de crescimento, o setor faturou o equivalente a R$ 15 bilhões, avanço de 24,5% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Todos os segmentos apurados tiveram alta superior a 10% com destaque para Crédito e Garantia (+71,3%). Os dados fazem parte da 26ª edição do Boletim IRB+Mercado, relatório mensal da plataforma IRB+Inteligência, produzido com base nos dados publicados pela Susep.

No acumulado do ano, a arrecadação totaliza R$ 141,7 bilhões de janeiro a outubro, crescimento de 22% ante os dez meses de 2021 ou um aumento de R$ 25,6 bilhões. Os destaques ficam por conta dos seguros de Automóvel, com R$ 10,7 bilhões a mais, e Vida, com incremento de R$ 5,7 bilhões. Até outubro, Rural foi o segmento que mais teve alta no ano (+41,3%) e já ultrapassou todo faturamento obtido em 2021, juntamente com Automóvel e Crédito e Garantia.

Em outubro, o Índice de Sinistros Ocorridos sobre o Faturamento de Competência registrou queda de 7,8 pontos percentuais (p.p.) na comparação com o mesmo mês de 2021. A recuperação na sinistralidade foi impulsionada, principalmente, pelo segmento Vida (-2,4 p.p.). No ano, o índice cresceu 0,8 p.p. em relação à taxa registrada no mesmo período do ano passado, devido, principalmente, ao segmento Rural (+28,3 p.p.).

Segmentos

Em outubro, Vida registrou faturamento de R$ 5,2 bilhões, alta de 22,3%. No ano, o segmento, que representa 33,8% do total arrecadado pelo setor, totaliza R$ 47,9 bilhões (+13,6%), sendo o produto Vida Individual (+24,4%) destaque. Nos dez primeiros meses deste ano, a sinistralidade reduziu 15,6 p.p. e atingiu 31,9%, patamar semelhante ao anterior aos impactos da pandemia de Covid-19.

Já o segmento Automóvel registrou faturamento de R$ 4,4 bilhões em outubro, alta de 32,3% na base anual. No acumulado de 2022, o segmento cresceu 34,6% (R$ 41,5 bilhões). Segundo a TEx Analytics, o Índice de Preços de Seguro de Automóvel se manteve estável em 6,5% e, pelo terceiro mês consecutivo, não apresentou alta. A taxa de sinistralidade no segmento foi de 71,1% no acumulado dos dez meses do ano. No entanto, outubro, foi o primeiro mês do ano que registrou retração do indicador (-3,5 p.p.): 63,8%.

Danos e Responsabilidades faturou R$ 2,4 bilhões em outubro (+10,9%) e R$ 25,2 bilhões (+17,7%) no acumulado de 2022. A linha de negócio Transportes foi a que mais contribuiu para o avanço mensal deste segmento de seguros. Já a taxa de sinistralidade até outubro caiu 4,5 p.p. e atingiu o menor nível para esse período desde 2014: 38,2%.

Individuais contra Danos faturou, em outubro, R$ 1,1 bilhão (11,7%). O acumulado de 2022 do segmento foi de R$ 10,6 bilhões (+9,8%), influenciado, sobretudo, pelo produto Compreensivo Residencial. Entre janeiro e outubro, a sinistralidade aumentou 2,1 p.p. e ficou em 36,9%. Entretanto, em outubro, a taxa apresentou a segunda queda mensal em relação ao mesmo mês de 2021 (-12 p.p.) e atingiu 35,2%.

Rural avançou, em outubro, 36,2%, no comparativo com o mesmo mês em 2021, ao arrecadar R$ 1,2 bilhão. No acumulado, atingiu R$ 11,9 bilhões e registrou variação positiva de 41,3%. O faturamento de janeiro a outubro de 2022 já supera em 23,2% o arrecadado em todo o ano de 2021. Apesar disso, o acumulado anual da taxa de sinistralidade ainda é alto: 107,6% frente aos 10M21.

Por último, Crédito e Garantia obteve, no décimo mês, arrecadação de R$ 584 milhões (+71,3%), maior variação para um outubro desde 2014. O produto Crédito Interno foi o principal responsável por esse desempenho, com progresso de 97,1%. No acumulado do ano, o progresso do segmento foi de 25%, com cerca de R$ 4,6 bilhões. Já a taxa de sinistralidade, em outubro, cresceu 56,7 p.p., atingindo 66,2% e, nos dez primeiros meses de 2022, foi de 34,4%, aumento de 15,8 p.p. em comparação a igual período de 2021.

O Boletim IRB+Mercado resume as operações de seguros, considerando os seguros de danos, responsabilidades e pessoas. A edição também lista os cinco maiores grupos seguradores por linha de negócios.