Autovistoria online, flexibilização de coberturas, plataformas digitais mais interativas, uso de inteligência artificial na apuração de sinistros, renovação ou contratação 100% digitais. Estas foram apenas algumas das novidades que surgiram no mercado de seguros nos últimos anos, sem falar, é claro, em uma inesperada pandemia, que fez com que todos se reinventassem. Não foi diferente com os corretores de seguros.

Uma profissão antiga, criada em 1578, e tão essencial para movimentar o mercado de seguros, tão forte e resiliente, em constante transformação e evolução. Tais movimentos exigem que profissionais, outrora apegados a modelos tradicionais, acompanhem o ritmo acelerado em que o setor caminha e busque o aperfeiçoamento e o desenvolvimento.

E pode se afirmar que tem dado certo. Se a automatização do setor e a maior autonomia do consumidor pareciam ir de encontro ao corretor, quando esses fatores começaram a se tornar realidade no mercado, pudemos concluir que essas novidades foram, na verdade, ao encontro destes profissionais.

Dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados) indicam que, até setembro de 2022, havia 62.355 corretores de seguros registrados na Autarquia. Segundo a Fenacor (Federação Nacional dos Corretores de Seguros), nos últimos dois anos, justamente aqueles em que enfrentamos a maior crise sanitária da história moderna, a categoria cresceu 31%. E o movimento se mostra em persistente ascendência.

O corretor de seguros é um profissional necessário para a movimentação e o andamento do mercado, fomentando a cultura do seguro no país. Contar com esse profissional, à frente dos negócios, é o segredo para o bom desempenho do mercado nos últimos anos. Quem melhor para entender e atender às necessidades de proteção de outras pessoas que não alguém também passível de enfrentar os mesmos anseios de seus clientes?

É responsabilidade do corretor atender aos seus clientes da forma mais adequada, conhecendo detalhadamente os produtos e acompanhando seus segurados durante toda a vigência do contrato. E, para isso, é necessário que o profissional seja altamente capacitado. É o que temos hoje no mercado! Todos os corretores são certificados e muito bem instruídos. O Curso para Habilitação de Corretores de Seguros da ENS (Escola de Negócios e Seguros), instituição que há 51 anos capacita os profissionais, por exemplo, tem duração de, no mínimo, sete meses.

Assim como o mercado que atende, a profissão do corretor de seguros não é estática. Sua movimentação e evolução são necessárias e os profissionais estão acompanhando o progresso do setor, agarrando cada nova oportunidade que surge. O foco do mercado de seguros é garantir a segurança e o bem-estar dos clientes. Hoje, o corretor tornou-se um consultor de riscos, de acordo com o perfil de cada segurado, família e patrimônio. Essa consultoria especializada e a técnica dos corretores de seguros incrementam e trazem um diferencial na relação entre clientes e seguradoras.

Do lado de cá, enquanto seguradora, nossa missão é proporcionar os instrumentos e processos adequados que ajudem o corretor a conquistar mais clientes, além de oferecer atendimento mais rápido, customizado e eficaz. Fazemos isso ampliando o investimento em tecnologias e pesquisas, aprimorando a experiência dos profissionais. É um trabalho em conjunto, já que ouvir os feedbacks dos corretores é parte essencial desse trabalho de aperfeiçoamento do mercado.

As evoluções do setor tornam o produto seguro ainda mais valorizado, ampliando o interesse da sociedade em mecanismos de proteção. Não basta as melhores tecnologias, processos e produtos, sem ter um interlocutor capacitado e à altura da função junto ao cliente, como o corretor de seguros. Aliar as novas mudanças a um trabalho que já é feito com tanta qualidade, aperfeiçoando-o ainda mais, é vital para os próximos passos no mercado. O setor de seguros é movido por gente que protege: a vida, a saúde e o patrimônio. Este é o corretor de seguros na sua nobre missão de promover o cuidado, a partir da cultura do seguro. Parabéns pelo seu dia/mês de outubro.

* Por Raquel Cerqueira, superintendente de Ramos Elementares da Bradesco Seguros