CQCS – Notícias | 25 de março de 2024 | Fonte: Correio do Estado – Reprodução | Agência Senado
Durante a apresentação da Agenda Legislativa do Agro 2024, realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) na sede da entidade em Brasília (DF), nesta quarta-feira, a líder do PP no Senado, senadora Tereza Cristina, defendeu que os produtores rurais continuem a receber assistência técnica, destacando o trabalho feito pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) em todo o País.
A parlamentar sul-mato-grossense afirmou também que os assentados devem ter acesso à tecnologia rural.
“O MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra] está atrasado na sua mentalidade, e tem que tratar de melhorar a vida daqueles que estão no campo”, criticou.
“O Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] tem 90 milhões de hectares em assentamentos, e há mais de 110 milhões de terras públicas. É só olhar e ver quem tem aptidão e começar a aplicar assistência a essas pessoas. Então, nós precisamos modernizar o sistema agrário brasileiro”, enfatizou, dizendo que é necessário “olhar e modernizar o Estatuto da Terra, que é desde 1964”.
Tereza Cristina também falou sobre a necessidade de “resolver de uma vez por todas o problema das apólices de seguro rural”.
“Nós temos como aumentar essa base e talvez diminuir o valor do seguro rural, para que todos possam ter essa política fundamental, principalmente nesse momento de mudanças climáticas”, defendeu.
“Está provado que a melhor ferramenta que nós temos para ajudar o crédito rural é um seguro que vai diminuir o custo de juros. Os juros podem baixar, e nós vamos ter mais gente querendo financiar o agro”, argumentou.
A parlamentar prometeu trabalhar no Legislativo para que se possa “estabilizar o seguro no Brasil e ter o seguro paramétrico e outras modalidades”. “Assim vamos ajudar o agricultor brasileiro e o governo, que vai desembolsar menos, em vez de ter de prorrogar o financiamento todos os anos de intempéries climáticas”, explicou.
Por fim, a senadora opinou em prol, mais uma vez, da aplicação do Código Florestal. “Temos um código justo, talvez o mais rígido do mundo. Agora, nós estamos vendo a Europa com grandes manifestações por todos os seus países, por conta da exigência de 4% de área de preservação. Os agricultores fizeram aquela grande confusão, e a exigência foi adiada”, relatou.
“E nós temos aqui um Código Florestal que é um dos melhores do mundo e temos de preservar de 20% a 80% das propriedades”, ressaltou Tereza Cristina, que recebeu das mãos do presidente da CNA, João Martins, e do vice-presidente da entidade, José Mário Schreiner, um exemplar da Agenda Legislativa do Agro 2024, com os principais temas e projetos de lei que tramitam no Congresso e que impactam os produtores rurais, o setor e a sociedade brasileira.