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CQCS Inovação 2025: Confiança e concorrência impulsionarão o mercado de seguros, diz superintendente da Susep

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Revista Cobertura – Carol Rodrigues  – 11/11/2025

Gerar mais confiança no consumidor e equilíbrio entre o digital e humano estão associados ao desenvolvimento e crescimento do mercado de seguros

Gustavo Doria, fundador do CQCS
Gustavo Doria, fundador do CQCS

Em 2024, falava-se da chegada da inteligência artificial no mercado segurador, hoje ela já está presente em todas as etapas do seguro, da comercialização à regulação de sinistros.

“A chegada da inteligência artificial combinada à biotecnologia faz parte da transformação do mercado”, destacou Gustavo Doria, CEO e fundador do CQCS, na abertura do CQCS Insurtech & Inovação 2025, que agora passa a chamar-se CQCS Inovação. “O foco é negócios. O nosso evento é de transformação. Estamos aqui para construir uma sociedade melhor protegida e um profissional mais bem preparado”, comentou.

“A próxima revolução vai acontecer em cinco anos. Estamos vivendo essa revolução diariamente. Todos aqui estão construindo o futuro do mercado de seguros”, diz Pedro London, diretor executivo do CQCS.

Ney Dias, diretor-presidente da Bradesco Auto/RE
Ney Dias, diretor-presidente da Bradesco Auto/RE

“Confiança e cuidado”

“Acreditamos que tecnologia e inovação são meios poderosos para aproximar pessoas, ampliar a cultura e reduzir o gap de seguro no nosso país. Investimos pesado todos os anos, revisando jornadas, ampliando canais digitais e melhorando continuamente a experiência do cliente e do corretor”, comentou Ney Ferraz Dias, diretor-presidente da Bradesco Auto/RE.

Segundo ele, hoje, os canais digitais da Bradesco registram cerca de 4 milhões de acessos únicos mensais, resultado que demonstra força na integração entre eficiência e desenvolvimento.

“A tecnologia não substitui o corretor. Ela apenas o potencializa. As ferramentas de automação e inteligência artificial têm permitido que esse profissional se dedique cada vez mais ao atendimento consultivo, estratégico e próximo ao cliente. É o equilíbrio entre o digital e o humano que sustenta o futuro do nosso mercado. Dentro do grupo, estimulamos a inovação em todos os níveis”.

Para ele, o  futuro do seguro será cada vez mais preditivo, digitável e humano.

Instrumento de desenvolvimento nacional

Em sua apresentação, Alessandro Octaviani, superintendente da Susep, abordou o seguro como um instrumento de desenvolvimento nacional. “Temos que organizar politicamente o nosso mercado. Os vetores da política nacional de seguros incluem a clareza nos valores e nos propósitos que transformarão o seguro como opção para o consumidor”.

“Precisamos gerar clima de confiança. Isso se expressa pela nova lei de contrato de seguro, nº15.040/24, que traz pilares de confiança. Uma delas é a disciplina jurídica do aviso de sinistro”, disse Octaviani, que ponderou: “Um mercado no qual o consumidor tem confiança no produto e no vendedor é um mercado destinado ao crescimento”.

O segundo pilar é o da concorrência, com a lei complementar nº 213/25, que traz outros players para o mercado de seguros.

“Acrescento uma terceira que é resiliência para toda a sociedade, para o indivíduo, as famílias, as empresas e o estado brasileiro. Nós temos que ter como foco a capacidade de passar por eventos nos quais antes nós não navegávamos, nós temos que criar resiliência prévia para enfrentar o incerto”, acrescentou o superintendente que ainda posicionou a inovação como quarto pilar.

IA Generativa Evolucionária

Robert Pick, VP da Tokio Marine
Robert Pick, VP da Tokio Marine

“O nosso grupo do Brasil é o mais inovador. Eles se movem de forma rápida para trazer soluções. Falamos sobre tecnologia e ativos, mas somos um negócio de pessoas. Nunca foi tão fácil trabalhar com seguro como é hoje. Isso não se significa que não iremos trabalhar muito. Lidamos com a intersecção do passado com o futuro”, reconheceu Robert Pick, VP do Grupo Tokio Marine.

Ele destacou que a indústria de seguros é injustiçada com relação ao reconhecimento do investimento em tecnologia. “Como indústria sabemos e vemos o que está acontecendo. Ouvimos muito que temos que modernizar, mas o investimento geral em tecnologia de seguros foi de US$ 4 trilhões nos últimos anos, sendo US$ 8 bilhões na América Latina. O setor de seguros não recebe os créditos dos analistas dos investimentos feitos em tecnologia”.

Segundo Pick, a modernização deve ser movida pelo propósito do negócio. “A IA Generativa é revolucionária, mas será usada de forma evolucionária. 2026 será um ano muito importante para a IA. Estamos no momento de que fizemos experimentos em 2024 e em 2025.

Durante a abertura do evento ainda foram feitas a apresentação do Movimento “Presença negra nos seguros” e homenagens entregues a Paulo Marraccini, Amilcar Vianna, Solange Zaquem, Ernesto Tzirulnik, Carlos Ivo, Jorge Nasser, José Villas Boas, Diego Leite e Liliana Caldeira.