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Preocupação com seguro rural no Paraná é mencionada em reunião de Diretoria do Sindseg PR/MS

A entidade que representa as grandes seguradoras em atuação no Paraná, o Sindseg PR/MS, realizou reunião ordinária de Diretoria por teleconferência na última segunda-feira (11/08).

Entre os principais assuntos da pauta, os diretores definiram que haverá um evento de integração do mercado promovido pelo Sindseg PR/MS em outubro deste ano em Campo Grande/MS, com data a ser definida. Serão convidados seguradores, corretores e membros da CNseg para discutir as inovações legislativas com grande impacto no setor e também assuntos de relevância regional, como o seguro rural.

Ainda sobre seguro rural, o presidente Guilherme Bini disse que, em viagens pelo interior do Paraná, vem percebendo grande preocupação dos produtores não só em virtude das geadas recorrentes neste ano, mas principalmente em função dos cortes na subvenção do seguro rural. “Nós chegamos a ter 13% da área plantada no Paraná segurada, caiu para 7%, e agora com os cortes anunciados na subvenção, provavelmente vai cair para 5%”, disse Bini.

Durante a reunião, também foi informado pelo presidente que ficou definido com a CNseg o valor que o sindicato receberá da Confederação. Segundo ele, o valor contempla as expectativas de forma que, provavelmente, o sindicato fechará o ano sem déficit orçamentário. Com essa definição, “será possível dar sequência nas obras de conservação e adequação da sede em Curitiba”.

A diretoria aprovou a indicação da seguradora Allianz para assumir a vaga de 2º diretor financeiro do Sindseg PR/MS, que era ocupada por Luciano Ambrosini e agora ficará sob responsabilidade Cleide Camilotto, diretora regional Sul da companhia.

Os diretores fizeram balanço positivo dos encontros regionais promovidos pelo Sincor-PR, em especial, o que aconteceu em Ponta Grossa, no mês passado, com a presença de cerca de 140 corretores da região. Discutiram também o apoio ao próximo evento dos corretores que acontece nesta semana em Londrina, com participação do presidente do Sindseg PR/MS, Guilherme Bini, e do diretor executivo, Ramiro Dias.

Seguro rural

O Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), principal mecanismo de apoio à contratação de apólices agrícolas no Brasil, sofreu um corte de R$ 445 milhões em seu orçamento para 2025. A medida foi executada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) como parte do esforço do governo federal para cumprir as metas fiscais, reduzindo despesas discricionárias e equilibrando as contas públicas.

Dos R$ 1,06 bilhão previstos para o programa neste ano, R$ 354,6 milhões foram bloqueados de forma imediata e outros R$ 90,5 milhões ficaram contingenciados, podendo ser liberados apenas se houver espaço no orçamento ao longo do exercício. Na prática, isso representa um encolhimento de 42% no montante destinado à subvenção.

O impacto no campo já é perceptível. A área segurada, que no ano passado somava 14 milhões de hectares, caiu para cerca de 7 milhões em 2024 e pode recuar para menos de 5 milhões em 2025. Se confirmada, essa cobertura corresponderá a menos de 6,5% da área cultivada no país, deixando a maior parte da produção vulnerável a perdas por eventos climáticos extremos.

Impactos pontuais das geadas

De acordo com o último boletim conjuntural divulgado na última sexta-feira (8) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná, a colheita do milho avança rapidamente e já está praticamente concluída em parte do estado. As chuvas e ventos do final de julho atrapalharam algumas lavouras, principalmente nas já fragilizadas pelos efeitos de geadas anteriores. Ainda assim, a produtividade média deve ser satisfatória.

As pastagens, segundo o boletim, foram prejudicadas pelas baixas temperaturas e sucessivas geadas, o que reduziu a oferta de biomassa. Esse cenário levou muitos pecuaristas a anteciparem a comercialização do gado, para evitar perdas nutricionais.

A maior parte das regiões relata bom desenvolvimento das lavouras de trigo, graças ao retorno das chuvas e aos tratos culturais adequados. As geadas fracas e localizadas ocorridas nas últimas semanas não causaram prejuízos significativos. Houve registros pontuais de perdas em lavouras mais suscetíveis, como as localizadas em baixadas.