Por Redação – 17/05/2021 as 13:07
Pesquisa C6 Bank/Ipec mostra que 36% dos entrevistados abriram conta em bancos digitais durante a pandemia
Entre jovens, instituições digitais já superam as tradicionais nas transações do dia a dia, como depósitos, saques e pagamentos
Sem tarifas e sem agências físicas, os bancos digitais vêm ganhando cada vez mais espaço entre os brasileiros. Pesquisa C6 Bank/Ipec realizada em abril revela que 57% dos entrevistados têm contas em bancos digitais. Dentro desse grupo, 47% mantêm suas contas em bancos tradicionais e digitais ao mesmo tempo e 10% abandonaram de vez as instituições convencionais.
O instituto de pesquisa perguntou também em que tipo de instituição os brasileiros mais realizam transações como depósitos, saques e pagamentos. A maioria ainda usa os bancos tradicionais (65%), em comparação com os bancos digitais (31%). Mas quando se faz um recorte por idade, é possível ver uma tendência se desenhar: entre os brasileiros que têm entre 16 e 24 anos, os bancos digitais já superam os tradicionais (51% contra 41%).
Esse movimento de digitalização, considerado sem volta por especialistas, ganhou força com a pandemia. Segundo o levantamento, 36% dos entrevistados abriram conta em um banco digital depois do início da crise sanitária, há pouco mais de um ano. Na classe A, esse percentual é um pouco menor, de 30%. A pesquisa também aponta que, entre as pessoas que possuem contas digitais, 78% passaram a usá-las mais durante a pandemia.
A necessidade de isolamento social e de cortar gastos no orçamento familiar acabou acelerando a migração dos brasileiros para o ambiente digital. A pesquisa C6 Bank/Ipec mostra que 17% dos entrevistados estão há mais de um ano sem visitar uma agência física e outros 11% há mais de sete meses. Outro impulso veio do auxílio emergencial, que podia ser transferido para os bancos digitais antes do prazo previsto.
“Quando analisamos o histórico de um consumidor digitalizado, vemos que a trajetória natural para o ambiente digital começa pelas redes sociais, passando por e-commerce, para então chegar ao mundo financeiro. Com a pandemia, o digital tornou-se vital e as pessoas tiveram que fazer essa migração de forma mais rápida”, explica Maxnaun Gutierrez, head de pessoa física e produtos do C6 Bank.
Os novos players também se destacam no quesito satisfação do cliente. Enquanto 41% dos consumidores com conta em bancos digitais dizem estar totalmente satisfeitos, entre os entrevistados com conta em instituições convencionais esse percentual é de 25%. Os bancos digitais chegaram ao mercado oferecendo produtos bancários isentos de taxas, em aplicativos simples e acessíveis. Uma análise do Proteste comparando 70 contas correntes no país mostra que a economia para quem adere a opções com menos taxas chega a R$ 994 por ano.
As entrevistas da pesquisa C6 Bank/Ipec foram feitas entre os dias 22 e 28 de abril deste ano, com 2000 brasileiros das classes A, B e C com acesso à internet. A margem de erro é de dois pontos percentuais.