Prestamista também se destacou, com alta de 7,8% em relação a janeiro de 2020, um aumento real de 3,1%

Sonho Seguro – 12 de Março de 2021

Seguro de vida registra crescimento real de 4,4% em janeiro, com receitas de R$ 1,6 bi
O seguro de vida, que segue como destaque dentre os seguros de pessoas, com R$ 1,63 bilhão em receitas, registrou crescimento de 9,2% em relação a janeiro de 2020. Trata-se de crescimento real de 4,4%, considerando-se o IPCA do período. O seguro prestamista também se destacou, com alta de 7,8% em relação a janeiro de 2020, um aumento real de 3,1%, segundo dados antecipados ao blog Sonho Seguro pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Os dados da resenha mensal de janeiro estao previstos para serem divulgado nesta sexta-feira.

Executivos do setor têm afirmado que a procura por seguro de vida aumentou neste cenário de pandemia, que já ceifou mais de 270 mil vidas no país. Ontem, o Brasil superou pela primeira vez o número de 2 mil mortes em um único dia de vítimas da Covid-19. O número de casos notificados chegou a 11,2 milhões. O Brasil é o segundo país mais afetado pela pandemia, atrás apenas dos Estados Unidos. 

A maioria das seguradoras concordou em pagar as indenizações do seguro de vida por morte de Covid-19, mesmo em contratos onde há clausula de exclusão de pandemia. No entanto, ainda não há uma decisão comum sobre como será o procedimento daqui para frente. “Se optou por pagar no inicio, mesmo com exclusões, pois todos imaginavam que a pandemia terminaria em 2020. Agora, com a falta de previsibilidade sobre onde isso vai parar, o tema tem sido discutido no setor”, contou um executivo que pediu anonimato. Há uma estimativa extra oficial que as seguradoras pagaram entre abril de 2020 e janeiro de 2021 algo em torno de 26,6 mil indenizações por mortes com casos confirmados de covid-19, com valores estimados em R$ 1,12 bilhão.

A Sompo Seguros informou que desde 1 de março de 2021 suspendeu a carência para coberturas de sinistros relacionados ao novo coronavírus (SARS-CoV-2), causador da COVID-19. Essa medida vem complementar a decisão da companhia que, em abril de 2020 determinou a plena cobertura no caso de Morte, Assistência Funeral e Diárias de Internação Hospitalar relacionados a casos de COVID-19 para apólices vigentes de vida.

A pandemia COVID-19 pressiona as seguradoras a novas tendências, além das que estavam na agenda como mudanças regulatórias, avanços tecnológico, novos hábitos de consumo, alterações do clima, riscos emergentes, como o cibernético, programas de diversidade e sustentabilidade, só para citar os principais engajamentos que ocupam o Board das companhias. Certamente, 2021 será mais um ano de muito aprendizado e trabalho para o mercado segurador mundial. No Brasil, o setor investe para entender com mais precisão os riscos, revisa produtos, muda a forma como é feita subscrição de riscos, amplia os meios de distribuição de distribuição dos produtos e também os busca inovar no portfólios de investimentos diante da taxa de juros negativa praticada atualmente no Brasil.