Prêmios emitidos alcançaram R$ 24,4 bi; para a CNseg, efeitos econômicos e de expectativas da PEC Emergencial serão decisivos para recuperação.

Valor Econômico – 22 de Março de 2021

Valor Econômico informa que o setor de seguros registra alta de 3,6% na arrecadação em janeiro na comparação com o mesmo período de 2020. Os prêmios emitidos alcançaram R$ 24,4 bilhões no primeiro mês de 2021 ante R$ 23,5 bilhões um ano antes, de acordo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Para a entidade, o crescimento em janeiro mostra o fôlego do setor, uma vez que o primeiro mês de 2020 já havia registrado avanço anual de 17,6%.

“O primeiro trimestre deste ano sozinho não será capaz de indicar a capacidade de recuperação setorial”, afirma o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, para quem “os efeitos econômicos e de expectativas da PEC Emergencial serão decisivos”. 

Em relação a dezembro de 2020, a arrecadação de janeiro registrou queda de 20,6%. A CNseg atribui o resultado negativo à forte base de comparação. O último mês do ano passado viu um grande crescimento da arrecadação de previdência privada aberta, com planos PGBL e VGBL apresentando subida de 69% em relação a novembro.

A maior contribuição para a alta no início de 2021 veio do segmento de danos e responsabilidades, com crescimento de 10,4% sobre janeiro de 2020. A cobertura de pessoas, por sua vez, avançou 1,4%. Em termos de arrecadação absoluta, os destaques do mês foram planos de vida risco, que alcançaram R$ 3,7 bilhões, um crescimento de 5,3%, o seguro patrimonial, com R$ 1,4 bilhão de faturamento, 17,1% maior, e o rural, que apresentou R$ 442 milhões em prêmios, um incremento de 22,5%.

Os ramos habitacional e transporte tiveram faturamentos de R$ 404 milhões e R$ 363 milhões, respectivamente, com avanços de 11% e 17,5%. “São ramos que tiveram desempenho consistente em 2020, revelando as preferências prioritárias dos consumidores em torno de proteção da vida, proteção e investimento nas residências, mobilidade das cargas transportadas”, observa Coriolano.

Os ramos que mais cresceram foram marítimos e aeronáuticos, rural, patrimonial e responsabilidade civil, com 60,5%, 18,7%, 13,4% e 10,2%, respectivamente. Outros ramos afetaram o desempenho geral. As categorias com maiores quedas foram crédito e garantias (-31,3%), automóvel (- 19,3%) e garantia estendida (-15,7%).