Notícias | 14 de abril de 2021 | Fonte: CQCS
A profissão de Corretor de Seguros não consta em qualquer lista de atividades profissionais que correm o risco de desaparecer nos próximos anos. A afirmação foi feita pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Antonio Saldanha Palheiro, ao participar, sexta-feira (09 de abril), de webinar realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o tema “Seguros: uma reflexão contemporânea”. Segundo o ministro, que também é professor da FGV, essa constatação foi feita a partir da análise de oito listas de tipos de emprego que irão desaparecer: “Em nenhuma delas aparece o corretor de seguros”, destacou o ministro.
Ele ressaltou, contudo, que “fica evidente” a necessidade de o Corretor de Seguros aprimorar a qualificação para complementar o resultado das análises computacionais e “da interpretação dos tribunais”, investindo no atendimento personalizado. “Será cada vez mais preciso uma assessoria especializada e qualificada para prestar atendimento e esclarecer cláusulas”, salientou.
Nesse contexto, ele observou que a evolução tecnológica, legislativa e situacional no mercado de seguros revela potencial oportunidade de incremento dos negócios e legitimação da atividade exercida pelo Corretor de Seguros perante os usuários. “O Corretor de Seguros deve se configurar como um consultor de seguros”, afirmou.
Por fim, o ministro do STJ destacou a importância de o Corretor de Seguros investir na capacitação técnica no sentido de conhecer as peculiaridades dos produtos e buscar a informação transparente, precisa e atualizada das variáveis que impactam a contratação do seguro.
Assim, enfatizou a necessidade de transmitir ao cliente a confiança da transparência, legitimidade e segurança do negócio. “Essas qualidades ou competência demandam treinamento eficaz e concentrado para assegurar a formação do bom profissional, direcionando para a eficiência do conhecimento transmitido”, concluiu.