Segs – 11/06/2021
Mais da metade dos trabalhadores afirmam ter aumentado a sua produtividade durante o home office. Esses são os resultados da pesquisa “Novas Formas de Trabalhar: as adequações ao home office em tempos de crise”, realizada pela Fundação Dom Cabral em parceria com a Grant Thornton e a EMLYON Business School.
No total, foram ouvidos 1.075 profissionais do mercado no período de 15 a 29 de março de 2021. Esses números são importantes, pois consolidam a percepção dos profissionais sobre o home office depois de um ano da instauração do novo sistema de trabalho.
Em comparação com 2020, quando 44% profissionais afirmaram ser “mais produtivos” ou “significativamente mais produtivos”, o ano de 2021 apresentou um aumento no índice, que ficou em 58% na mesma categoria. Para profissionais que ocupam postos de liderança ou gerência de equipes, a percepção na produtividade passou por uma alta: apenas 13% das respostas relatam a diminuição da produtividade durante o home office.
Os desafios do home office
Apesar da percepção positiva na produtividade, o home office ainda tem a sua parcela de pontos negativos na percepção dos profissionais entrevistados. O levantamento revela que, nem sempre, a percepção de um profissional mais produtivo está atrelada à satisfação profissional.
Para 24% dos entrevistados, o volume de horas trabalhadas aumentou, enquanto para 16%, os desafios se concentraram nos relacionamentos interpessoais no trabalho. No total, 14% encontraram dificuldades em equilibrar demandas pessoais e profissionais.
E esses não foram os únicos pontos negativos apresentados pelos participantes da pesquisa. Para 20,6%, a perda do convívio social é um ponto negativo da continuidade desse modelo de trabalho. A maior carga de trabalho (15,5%) e problemas comportamentais causados pela falta de convívio (13,5%) também seguem liderando entre as principais preocupações de profissionais que aderiram ao trabalho remoto.
Como equilibrar a satisfação profissional e o home office?
Ronaldo Loyola, sócio da área de Capital Humano da Grant Thornton Brasil, alerta líderes e gestores de empresas para a importância de se pensar na experiência do colaborador, mesmo que ele trabalhe em sua residência: “A experiência acumulada ao longo de um ano de trabalho remoto por conta da pandemia, com todo o processo de mudança ao qual a cultura organizacional foi submetida, precisa ser canalizada para a preservação do bem-estar na gestão do capital humano, a fim de manter o engajamento das pessoas com relação aos resultados da organização”, conclui Loyola.
Muitas empresas já mostram iniciativas nesse sentido. Para Brendway Santiago, Head de Growth da Flash Benefícios, o Auxílio Home Office pode ser uma poderosa ferramenta nesse momento: “Os cartões de benefícios flexíveis possuem todas as categorias dos serviços essenciais – alimentação, saúde, cultura, entretenimento e mobilidade – e é aceito em lojas de conveniência. Os cartões de benefícios também possuem uma aceitabilidade maior e podem ser usados em aplicativos de delivery e compras on-line”.
Santiago continua ainda: “Portanto, não ter um cartão restrito a uma determinada categoria facilita ao colaborador comprar os itens necessários para sua casa para o trabalho remoto, fazendo com que ele se adapte melhor a essa nova realidade”.
Fonte: Segs.