CNN Brasil Business, Tamires Vitorio, em São Paulo – 07 de julho de 2021 às 04:30

Pix foi lançado em outubro de 2020 pelo Banco Central (BC) e já se tornou o segundo meio de pagamento preferido pelos brasileiros, atrás somente dos cartões de débito e crédito, segundo uma pesquisa feita pela Fiserv e enviada com exclusividade ao CNN Brasil Business.

Entre os participantes do estudo, 22% dizem que preferem o Pix para fazer pagamentos, enquanto 28% preferem usar o cartão. PUBLICIDADE

O Pix também é tido como o mais confiável pelos brasileiros. A pesquisa mostra que 66% acreditam que o meio de pagamento é seguro, na frente de dinheiro em espécie (57%), código de barras (57%) e cartão com chip na maquininha (56%). Apenas 46% afirmam ter alta confiança no uso de cartão de crédito online. 

Para Rogério Signorini, diretor de produtos e-commerce da Fiserv América Latina, o crescimento do Pix acontece ao mesmo tempo em que os outros meios de pagamento online caíram no gosto dos usuários — impulsionados por fatores como a pandemia e o crescimento no número de smartphones no mundo.https://imasdk.googleapis.com/js/core/bridge3.470.1_pt_br.html#goog_17076904Volume 50% 

Somente no Brasil, segundo a Faculdade Getúlio Vargas (FGV), existem 234 milhões de smartphones para uma população de 211 milhões de pessoas. É por isso que, para ele, os meios de pagamento não competem entre si.

“Uma coisa não exclui as outras e são formas diferentes de pagamento eletrônico que trazem muita facilidade para o consumidor e estamos vendo isso com muita relevância no mercado como um todo — e as pessoas preferem perder a carteira do que o celular, porque ele facilita a vida delas”, diz. 

Signorini também entende que a adesão dos brasileiros aos meios digitais veio para ficar e que não é uma tendência que se fortificou somente por conta da pandemia. “Com a Covid-19, 40% das pessoas usam mais cartão de crédito e carteira digital do que antes, então acho que essa fase que vivemos, — inclusive com o fechamento de comércios, a única forma de vender era de forma remota—, contribuiu para essa aceleração. Essa tendência foi acelerada durante um tempo de crise, mas não acho que ela vai sumir”, afirma.