24/08/2018 / FONTE: Revista Cobertura Quase dois terços dos adultos já foram vítimas de algum tipo de crime cibernético (65%). O Brasil é o segundo ambiente digital mais perigoso do planeta, onde mais de seis em 10 computadores foram infectados com vírus de computador ou ataques de malware. No país, 62 milhões de internautas perderam US$ 22 bilhões para criminosos virtuais. Não faltam números e estudos que comprovem a abrangência dos crimes cibernéticos, já considerados uma epidemia digital global silenciosa. Esse crescente índice de casos de violação da privacidade e da segurança de dados têm colocado estudiosos e empresas em estado de alerta, e evidenciam a urgência em investimentos para proteção e planejamento estratégico na área.
Para contribuir com as organizações no atual desafio de se protegerem no atual contexto de Transformação Digital, no próximo dia 30 de agosto acontece em São Paulo o Ciber Insurance 2018, evento que pretende reunir especialistas, gestores e estudiosos para compartilhar as melhores práticas de prevenção e sobre o seguro de riscos digitais para governança e compliance das companhias. A iniciativa é uma parceria entre o Instituto Information Management e o escritório Patricia Peck Pinheiro Advogados.
“A ideia é auxiliar os participantes a entender e propagar uma cultura dentro de suas organizações de que cada clique importa. Podemos dizer dois fatores contribuem bastante para este cenário: a impunidade dos criminosos, já que apesar das leis nacionais, ainda há muita dificuldade para aplicar o flagrante digital; e o fator comportamental, pois muitos usuários são omissos, e além de baixar conteúdos duvidosos, não fazem atualizações de segurança”, afirma a Dra. Patricia Peck, sócia-fundadora do Peck Advogados.
A advogada especialista em Direito Digital lembra que muitas empresas que não fazem programas preventivos e nem possuem plano de ação na área de Segurança da Informação, apesar de constar no Marco Civil da Internet “o dever constitucional do Estado na prestação da educação (…) para o uso seguro, consciente e responsável da internet como ferramenta para o exercício da cidadania”.
Diante disso, tem aumentado a procura por seguros contra riscos cibernéticos, como tentativa de mitigar riscos e prejuízos financeiros. “No País, a contratação desse tipo de seguro, ainda esbarra em questões culturais e na falta de informação, mas é fundamental para manter a integridade dos dados estratégicos e dos ativos intangíveis a fim de proteger a reputação e o patrimônio empresarial”, afirma Claudio Macedo Pinto, fundador da Clamapi Seguros Cibernéticos.