JRS – Agência No Ar – 23 horas atrás
Nos últimos anos o mercado já sentia a intensificação da jornada de transformação digital, que foi acelerada pela pandemia da Covid-19. De acordo com o Índice de Transformação Digital da Dell Technologies 2020 (DT Index 2020), cerca de 87,5% das empresas instaladas no Brasil realizaram alguma iniciativa voltada à inovação tecnológica. O número ficou acima da média mundial, de 80%. Dessa forma, diversas áreas passaram a implementar a tecnologia para melhorar seu desempenho e levar inovação para os clientes, como é o caso do mercado de seguros, que introduz um novo método de performance: o Open Insurance.
Em elaboração pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), o Open Insurance tem como intuito enxugar normas, reduzir a interferência do regulador e permitir que seguradoras tenham maior facilidade no desenvolvimento de produtos e serviços. O Open Insurance já é realidade e tem o objetivo de simplificar e agilizar um mercado bastante complexo – da mesma forma que era o sistema bancário há alguns anos- e, hoje, temos soluções que revolucionaram o mercado de pagamentos.
De acordo com Márcio da Mata, Diretor Executivo do Grupo FCamara – Transformação Digital e Inovação Negócios Exponenciais, a Susep irá adotar o modelo de Open Insurance baseado no Open Banking, regulamentado pelo Banco Central. “Os dois projetos estão sob o guarda-chuva do Open Finance, um projeto que dá poder ao histórico do cliente para que ele possa fazer a portabilidade de produtos”, explica.
O Grupo FCamara, consultoria de soluções tecnológicas e transformação digital, cria soluções e serviços que ajudam na implementação do Open Insurance no Brasil, para que as empresas possam se beneficiar destas informações e criar novos produtos, mais customizados e de maneira mais ágil. “A partir do momento em que a empresa começa a participar do Open Insurance, já pode ter acesso aos dados que as seguradoras compartilharam e, assim, criar um paralelo sobre os produtos, coberturas e clientes dos concorrentes”, conta Marcos Moraes, Executivo de Negócios, da FCamara.
A primeira fase do Open Insurance está prevista para 15 de dezembro de 2021. Na segunda fase, prevista para começar em setembro de 2022, os clientes poderão compartilhar seus dados pessoais. Já na terceira fase, que terá início em dezembro de 2022, prevê a efetivação de serviços como acesso, modificações, resgate ou portabilidade, com foco na melhora da experiência do consumidor.
Assim como no Open Banking, o compartilhamento de dados no Open Insurance é feito por meio de APIs abertas. Essas APIs atuam como uma “ponte”, composta por instruções e padrões de comunicação, para gerenciar a comunicação entre as diferentes empresas de forma padronizada e ordenada. No Brasil, o Banco Central, que é o órgão regulador do Open Banking e a Susep, do Open Insurance, atuam em parceria para estipular as regras de segurança e operação dessas APIs. A FCamara é especialista em transformação digital para negócios, o que inclui o mercado de seguros. “Estamos preparados para apoiar as organizações que queiram participar da vanguarda deste movimento”, afirma Márcio da Mata.
Assim como já realizado no Open Banking, o Grupo pretende criar alguns aceleradores para ajudar as seguradoras a terem acesso à liberação e usufruir os benefícios do Open Insurance.