Brasil é o 3º país que mais usa redes sociais no mundo. O setor de seguros deve investir em comunicação e tecnologia para vender produtos.

Revista Apólice – 19 de outubro de 2021 17:32

EXCLUSIVO – De acordo com um estudo da plataforma CupomValido.com.br, que reuniu dados da Hootsuite e WeAreSocial, o Brasil é o 3º país que mais usa redes sociais no mundo, com uma média de 3 horas e 42 minutos por dia. Considerando todos os países, o Brasil fica atrás somente da Filipinas e Colômbia, que gastam em média 4 horas e 15 minutos e 3 horas e 45 minutos, respectivamente.

Mais da metade da população mundial, aproximadamente 53,4%, estão presentes nas redes, totalizando 4.2 bilhões de pessoas. Aqui no Brasil, são mais de 150 milhões de usuários, o que representa uma taxa de 70,3%, uma das maiores do mundo. Sendo assim, é natural que diversos mercados, inclusive o de seguros, utilizem essas plataformas para vender e conquistar novos clientes. Entretanto, é necessário montar uma estratégia para obter sucesso.

No caso do WhatsApp, o Brasil está na 2ª posição no ranking mundial, com mais de 108 milhões de usuários ativos. Para Renato Pedroso, presidente da Previsul, a comunicação utilizada pela empresa deve ser adequada ao público que utiliza as redes, comunicando a segurança e facilidades dos produtos securitários e tirando as dúvidas do consumidor. “A seguradora atende ao consumidor via WhatsApp desde 2018 e, a partir de 2019, passou a ser a primeira da América Latina a emitir seguros via aplicativo. Basicamente, a interação acontece via BOT, que nada mais é que um robô que contempla o script de venda do produto e conduz a contratação, incluindo DPS e forma de pagamento do prêmio. O autosserviço é, ao meu ver, a principal demanda do consumidor, que quer ter o poder de não apenas contratar os produtos securitários digitalmente, mas também ter toda a interação com as Seguradoras na palma da mão.

Levando em consideração a faixa etária, o grupo entre 16 e 24 anos são os que mais utilizam redes sociais no Brasil. Mais de 92% dos usuários deste público utilizam redes sociais pelo menos uma vez ao mês. Em 2020, segundo a pesquisa, os internautas entre 16 e 64 anos passaram, em média, 6 horas e 54 minutos navegando pela internet. “A Covid-19 fez com que mais pessoas percebessem a importância de poder contar com um seguro. Muitas delas já cogitavam contratar um seguro e acabaram antecipando essa adesão em razão da pandemia. Em resposta a isso, as empresas focaram em desenvolver e aperfeiçoar produtos e serviços que atendesse a essa nova demanda. Para esse público mais jovem, quanto mais praticidade e agilidade, melhor. Além, claro, de serviços personalizáveis que não sejam tão enrijecidos”, afirma Rivaldo Leite, vice-presidente Comercial e de Marketing da Porto Seguro.

Ana Quintela, superintendente de Marketing e Comunicação da Zurich no Brasil, acredita que as redes sociais e a transformação digital, além da flexibilização na regulamentação do setor, poderão ajudar a fazer com que mais pessoas contratem seguros. “Temos que tem em mente que todas essas mudanças, no geral, têm a ver com priorizar as necessidades específicas de cada cliente: seus desejos, gostos e o que ele realmente precisa. Não é por acaso que todo o desenvolvimento de nossos próximos passos na empresa está centralizado no consumidor, pois isso faz com que sejamos mais assertivos e consigamos trazer uma melhor experiência para o nosso segurado”.

Nicole Fraga
Revista Apólice