Revista Cobertura – Publicado em 06 Maio 2020, 15h29
“O segundo semestre será uma incógnita, exatamente por não sabermos como será a resposta da economia”, disse Marcio Coriolano, presidente da CNseg
Por Karin Fuchs
Na manhã de hoje, 6 de maio, a CNseg realizou a sua segunda webinar, “Pandemia e o Mercado de Seguros Mundial”, com as participações de Marcio Coriolano, presidente da CNseg; José Adalberto Ferrara, presidente da Tokio Marine; Luis Gutiérrez, CEO da Mapfre Seguros, e Edson Franco, CEO da Zurich.
Coriolano abriu o encontro dizendo que os impactos da pandemia no mercado global ainda são incertos, mas que há duas certezas: o mercado de seguros será duramente atingido e sairemos dessa crise. “O nosso setor é movido por três atributos: produto, emprego e renda. A extensão e a intensidade dependem muito dos últimos dois fatores”.
Pelas suas previsões, o impacto maior será no segundo semestre deste ano. “Nesse primeiro semestre, o mercado segurador brasileiro terá um benefício, o carregamento de contratos, que foi muito forte no segundo semestre de 2019. Provavelmente, nós teremos um bom primeiro semestre em termos de arrecadação. Já o segundo semestre será uma incógnita, exatamente por não sabermos como será a resposta da economia”.
Ele também falou como o mercado segurador do Brasil e de outros países estão lidando com a pandemia. “O setor de seguros tem se mostrado muito resiliente, e responde adequadamente quando as demandas sociais são colocadas para proteção. Todos os seguradores no mundo implementaram planos de contingência, muitos adotaram pagamentos e soluções flexíveis para aliviar problemas que os segurados possam estar tendo”.
O mesmo se deu no Brasil e, além disso, as seguradoras estão adotando providências solidárias, desde iniciativas como a doação de respiradores até a construção de hospitais. Também no mundo todo, Coriolano comentou que os
órgãos reguladores estão adotando medidas, inclusive para poder aliviar a carga regulatória. “E não menos importante, em relação às cláusulas de exclusão. O seguro não vive se não houver previsibilidade, e todos os países buscam preservar suas cláusulas a respeito de soluções flexíveis”.