Fenacor – 19/01/2022
Pesquisa aponta que percentual de lares com dívidas subiu para 76,3% em dezembro
O nível de endividamento médio das famílias brasileiras em 2021 foi o maior em 11 anos. É o que aponta a pesquisa divulgada nesta terça-feira (18) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Segundo o levantamento, o último ano apresentou recorde do total de endividados, registrando uma média de 70,9% das famílias brasileiras, enquanto dezembro alcançou 76,3% do total de famílias – patamar máximo histórico já registrado pela CNC.
Ou seja, 7 em cada 10 famílias contraíram algum tipo de dívida com o sistema financeiro em 2021.
Em 2020, o nível médio de endividamento foi de 66,5%.
“Em 2021, observou-se aumento de 4,4 pontos percentuais no número médio de famílias com dívidas em pelo menos uma das principais modalidades – cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, crédito pessoal, carnês, financiamento de carro e financiamento de casa, entre outras”, destacou a CNC.
Inadimplência tem leve recuo
Apesar do aumento do número de endividados no país, o percentual médio de famílias inadimplentes – com contas ou dívidas em atraso – diminuiu de 25,5% em 2020 para 25,2% em 2021.
“No último trimestre do ano, entretanto, o indicador de contas em atraso acirrou, indicando tendência de alta para o início de 2022”, destacou a CNC.
Em dezembro alcançou 26,2% ante 26,1% em novembro. O nível recorde no percentual do indicador ocorreu em agosto de 2020, quando alcançou 26,7%.
Já percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas dívidas e que, portanto, devem permanecer inadimplentes recuo de 11% em 2020 para 10,5% dos lares no país, na média do ano passado.
O comprometimento médio da renda com o pagamento mensal das dívidas teve apenas uma leve alta e alcançou a média de 30,2% no ano, contra 30% em 2020.
Cartão de crédito segue como principal dívida
Assim como nos anos anteriores, o cartão de crédito foi o tipo de dívida mais citado pelas famílias, alcançando o patamar de 82,6% na média anual.
Em segundo lugar, focara, os carnês de lojas, apontado por 18,1% das famílias, e, em terceiro, o financiamento de carro, por 11,6%. Na sequência, aparece o financiamento de casa (9,1%) e o crédito pessoal (9%).