Notícias | 28 de abril de 2022 | Fonte: CQCS | Ítalo Menezes

A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), publicou a nova Conjuntura (nº 70), abordando o crescimento relativo dos volumes de seguros até fevereiro, incluindo o ciclo de aperto monetário, além da volatilidade de expectativas. 

A nova Conjuntura ressalta que o conflito bélico maximizou o choque inflacionário, contribuindo para que o cenário econômico global apresentasse mais um fator de incerteza. Além disso, a edição ressalta a existência de dois principais canais de transmissão dos efeitos do conflito para o Brasil. São eles: 

  • O choque internacional dos preços de commodities minerais e agrícolas, pressionando a alta de alimentos e combustíveis no País e retroalimentando a inflação.
  • A via das exportações, sendo o Brasil produtor de commodities com ganhos nos termos de troca em ciclo de desvalorização cambial, o que ajuda o controle da inflação.

A nova edição enfatiza como pontos de atenção o risco de desaceleração da China nos próximos trimestres e a perspectiva de um ciclo de alta dos juros americanos.


Na nova Conjuntura CNseg, o tom resiliente do setor segurador é a contrapartida das características do mercado nacional. O setor de seguros, no mês de fevereiro, movimentou mais de R$ 26,7 bilhões em prêmios de seguros, contribuições em previdência privada e faturamento de capitalização (sem Saúde e DPVAT) e expressivo avanço de 21,3% sobre o mesmo mês do ano anterior. Isso fez com que a arrecadação acumulada no primeiro bimestre do ano apresentasse avanço de 13,5% sobre o mesmo período de 2021. 

Mantendo o seu protagonismo no que diz respeito ao desempenho do setor de seguros, o  segmento de Danos e Responsabilidades, em fevereiro, arrecadou R$ 8,1 bilhões em prêmios, valor este que é 28,3% acima do apresentado no mesmo mês de 2021. Na comparação mensal interanual, o segmento de Cobertura de Pessoas avançou 18,3% e movimentou R$ 16,4 bilhões em prêmios de seguros e contribuições de previdência privada.

Em fevereiro, os títulos de Capitalização, mantiveram-se em crescimento. Com faturamento de R$ 2,2 bilhões, o mês registrou crescimento de 19,7% na comparação interanual. Em menor magnitude, o pagamento de sorteios e resgates também apresentou crescimento, 2,3% em relação a 2021. Com isso, a captação líquida, em fevereiro, foi de R$ 664,5 milhões, mais que o dobro do mesmo mês do ano passado (R$ 328,5 milhões). No acumulado, essa expansão foi de 52,7%, se comparada com o mesmo período do ano anterior.

O balanço sobre Saúde Suplementar assinala que, nos planos de assistência médica, houve crescimento de 2,9% na comparação entre fevereiro de 2022 e de 2021. O mês fechou com 49,04 milhões de beneficiários. Cerca de 40 milhões desse total de beneficiários são oriundos dos planos coletivos, responsáveis pela maior parte (81,9%) do total de planos de assistência médica. Na comparação interanual, em fevereiro, o número de beneficiários de planos coletivos cresceu 3,99%, com a entrada de 1,53 milhão de pessoas. Nos planos individual e familiar houve retração de 1,39%, traduzindo-se na saída de 125 mil pessoas dos referidos planos, na mesma comparação interanual.