Notícias | 9 de setembro de 2022 | Fonte: Revista Cobertura
A aceleração e retomada da economia possibilitou que grandes licitações e contratos voltem a ser firmados na área de infraestrutura, depois de quase três anos da pandemia. Esse cenário contribuiu para crescimento da demanda por seguros Garantia (riscos financeiros) e por seguros nos segmentos de Propriedade e Responsabilidade Civil (Property and Casualty – P&C), que abrange os produtos de responsabilidade civil, riscos de engenharia e risco patrimonial.
O mercado de seguros como um todo registrou um crescimento de 19,6% no primeiro semestre desse ano, em relação ao mesmo período de 2021, com faturamento de R$ 80 bilhões. E o segmento de Danos e Responsabilidades está entre os três que mais cresceram, com um aumento de R$ 2,2 bilhões no faturamento. Os dados são da 22ª edição do Boletim IRB+Mercado, relatório mensal da plataforma IRB+Inteligência, produzido com base nos dados publicados pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) no início de agosto.
Entre janeiro e junho de 2022, na comparação com o primeiro semestre de 2021, a corretora Finlândia acompanhou o bom movimento do mercado e registrou aumento de 19% nas contratações de Seguro Garantia e, de 186%, nas de Seguros P&C. “Atenta ao crescimento da demanda pelas empresas – em especial pequenas e médias –, a Finlândia percebeu que clientes contratantes de Seguro Garantia têm aderência a modelos que cobrem riscos civis e riscos de engenharia”, explica Kamila Souza, superintendente da Área Técnica e Novos Negócios da Finlândia. Nos primeiros seis meses de 2022, a Finlândia fechou 30 mil contratos, sendo que 87% deles foram referentes às contratações de Seguro Garantia.
Mais segurança para novos negócios – Para empresas de pequeno e médio porte, adotar os seguros Garantia e P&C é uma vantagem em vários cenários. Um deles é quando participam de processos de licitação dos governos federal, estadual ou municipal. Isso porque os modelos Garantia e os de Propriedade e Responsabilidade Civil asseguram o cumprimento das obrigações assumidas em contrato, uma forma de proteger as empresas e terceiros, principalmente quando estas são prestadoras de serviços em obras e concessões.
“Com a nova Circular nº 622 da Susep, divulgada em maio, as seguradoras poderão – por demanda de mercado – personalizar seus produtos, atendendo a necessidades específicas de cada contrato e agregando mais autonomia, segurança e transparência aos envolvidos (seguradora, segurado e tomador), permitindo a adequação da apólice à natureza de cada negócio. Entramos num caminho sem volta de amadurecimento do mercado securitário no Brasil.”, acrescenta a especialista.
Apólices mais enxutas – Segundo Kamila Souza, a Lei das Licitações (14.133/21) exige a garantia nos processos licitatórios, via fiança bancária ou o Seguro Garantia, sendo essa mais vantajosa.“Na nossa visão, os seguros Garantia são interessantes para as pequenas e médias empresas porque as apólices ficam mais simples e enxutas, sendo uma solução mais barata do que a fiança bancária ou linhas de investimento, como o CDB, por exemplo. Isso significa que o custo da apólice entra como despesa de seguro, já a fiança bancária imobiliza dinheiro do caixa e entra como ativo e não despesa”, esclarece.
Além do Seguro Garantia, carro-chefe da corretora, outros produtos se destacam nas vendas da Finlândia, como Seguro Patrimonial, Seguro de Responsabilidade Civil e Seguro Judicial, que preservam a liquidez da empresa no curso das discussões judiciais; e o Fiança Locatícia, que garante o pagamento do aluguel para proprietários de imóveis, no caso de descumprimento das obrigações do contrato pelo inquilino.