Terça, 18 Outubro 2022 18:50 – Crédito de Imagens:Divulgação – Escrito ou enviado por  Insurtalks – SEGS.com.br – Categoria: Seguros

Há cinco anos atrás, já era comum notícias sobre novas ferramentas de realidade virtual usadas para campanhas de educação no trânsito. A ideia do uso dos óculos de realidade virtual aliado a vídeos em 360 graus era permitir ao público uma experiência de imersão em situações que oferecem grande risco aos usuários das rodovias.

Exemplo prático de Metaverso

Os óculos de realidade virtual usados em campanhas de trânsito funcionavam da seguinte forma: ao colocar os óculos, a pessoa experimentava a sensação de estar dentro do filme, como se fosse o motorista, vivenciando intensamente a cena, mas sem correr os perigos físicos do mundo conhecido como real. Este é um pequeno exemplo prático de como pode ser o Metaverso. Mas, não é apenas isso!

Multifuncionalidade

Muito se fala sobre o Metaverso nos últimos, mais ainda depois que os aplicativos Facebook, Instagram e WhatsApp mudaram de identidade para dar foco a novas iniciativas da empresa em torno do conceito de metaverso.

Ainda assim, tornou-se difícil definir um único conceito para o metaverso, já que para definir algo, é preciso entender o que ele faz, qual é a sua função; e no caso do metaverso, a dificuldade se debruça no fato de ele ser multifacetado.

Dessa forma, dentre várias maneiras de conceituá-lo, ele pode ser definido como:

Um universo habilitado pela tecnologia de realidade virtual, que proporciona novas experiências e interações;
Uma plataforma de tecnologia 3D que representa imóveis virtuais onde cada parcela está vinculada a um NFT (token não fungível) gerenciado por meio de um ou mais blockchains;
Uma série de aplicativos fornecidos por meio de sua loja de aplicativos de RV (Realidade Virtual) preferida que permite explorar novos recursos de jogos e produtividade.
Outra perspectiva de atendimento

De acordo com o estudo da Capco, consultoria global de gestão e tecnologia do grupo Wipro, intitulado: “Metaverse: Beyond the Hype Cycle” (em tradução livre “Metaverso: Além do Ciclo da Moda”), o próximo movimento poderá ser o atendimento no metaverso e, dentro dessa possibilidade, várias outras como: tirar dúvidas de clientes sobre produtos, uma “praça” em que clientes discutam opções de investimentos, assessores ou avatares das seguradoras baseados em inteligência artificial que acompanhem, conversem e ajudem na avaliação das opções disponíveis, dentre várias outras perspectivas de atendimento.

“Muitas soluções já estão prontas e devem ser exploradas”

Aline Lemos, consultora sênior do Laboratório de Inovação da Capco Brasil, afirmou que o mercado está “Em um ponto de inflexão em que as diversas tecnologias que compõem o metaverso estão prestes a desencadear uma mudança transformacional em nosso mundo digital.Embora diversos aspectos das tecnologias precisem ser refinados, muitas soluções já estão prontas e devem ser exploradas para tornar as organizações mais produtivas e mais atraentes para os clientes que estão adotando o metaverso”

Sim, há distância entre cinema e realidade

Enquanto cineastas imaginavam interações com diferentes universos realistas e reminiscentes de nossas interações cotidianas existentes com o mundo físico, os metaversos de hoje ainda estão mais próximos de uma espécie de vitrine para outro universo, não de uma imersão sensorial completa ao ponto de transformar esse novo universo em uma parte unificada do universo particular do indivíduo que vive a experiência do metaverso. Ainda há passos a serem dados nesse sentido.

Desafios

Não apenas o software correto é necessário para tornar realidade as promessas do metaverso, mas também a necessidade do hardware de interação correto. Por exemplo, muitos que usaram um fone de ouvido de realidade virtual podem ter notado que o mouse e o teclado desapareceram. Isso mostra que novas interfaces homem-máquina são usadas para interagir com o mundo 3D em que o usuário evolui. Esses recursos de interação para criar jornadas de usuário extremamente imersivas nem sempre estão desenvolvidas o suficiente e/ou disponíveis para uso.

O uso do Metaverso na indústria de seguros

Para explorar os caminhos no sentido da adoção do metaverso é importante entender que a base é o estado atual da tecnologia. A partir daí, esses caminhos podem levar à exploração gradual, compreensão e construção deste uso enquanto o setor amadurece.

É a melhor fase para o setor investir nessa tecnologia

O metaverso ainda está em fase de amadurecimento em vários sentidos. Embora grandes avanços estejam sendo feitos em plataformas e tecnologias para habilitá-lo, muito mais será necessário para tornar realidade o tipo de interações transparentes descritas por alguns de seus visionários. E é justamente por isso que essa é a melhor fase para começar a investir nesse tipo de tecnologia. Como está na fase de desenvolvimento, ainda é possível investir em adequações, inclusive de treinamento humano para lidar com as novas ferramentas virtuais.

Oportunidade de treinar o corretor em plataforma de imersão

Durante participação no 2º episódio do podcast Mindcraft, Bruno Costa, superintendente de Gestão do Relacionamento da MAG Seguros comentou sobre as oportunidades e desafios desse novo universo: “Imagine a possibilidade de você treinar um corretor numa plataforma onde ele está imerso, podendo ter uma série de informações em tempo real, além de fazer reuniões com múltiplos corretores no Brasil todo. É possível pegar experiências diferentes. Eles podem estar sentados ao redor um do outro podendo acessar dashboard, podendo interagir. Acho que isso seria de uma capacidade de interação e imersão fantástica”.

O setor de seguros mais eficaz e produtivo

Assim, a ideia é que o metaverso crie uma realidade complementar, mas não dissociada da que já existe. E que, nessa realidade complementar, sejam criadas novas vias de negócios, produtos inovadores e novos serviços capazes de transformar toda a indústria de seguros em uma rede ainda mais eficaz e produtiva.