Notícias | 13 de março de 2023 | Fonte: CQCS
O Brasil tem mais de 30 milhões de mulheres empreendedoras. São, em geral, pequenas e médias empresas, incluindo salões de beleza, moda, alimentação. Será que fazem seguro? Acho que não”, o questionamento foi feito pela diretora Técnica na Excelsior Seguros, Maria Cristina Bettencourt, ao participar do painel “Empreendedorismo Feminino” no segundo dia do “Sou Segura Summit”, realizado em São Paulo. Segundo ela, essas empreendedoras precisam ser amparadas pelo seguro. “Elas não têm capital. São pequenas empresas de mulheres que empregam outras mulheres. Precisam da proteção do seguro. Esse segmento pode ser um oceano azul de oportunidades para o mercado”, salientou.
A executiva lembrou ainda que a mulher, tradicionalmente, é “mais cuidadosa”, como mostram pesquisas relacionadas ao seguro de veículos. Na visão dela, essa é mais uma razão para que as seguradoras olhem com mais atenção para esse nicho. “Não há estatística sobre isso (a contratação de seguros por pequenas empreendedoras). Tentamos ver isso, mas é difícil, pois tudo ainda é muito informal. Acho que o mercado de seguros precisa olhar isso”, conclamou.
Maria Cristina Bettencourt contou que fundou uma ONG para cuidar de idosos e crianças aos 18 anos. Atuou nessa ação por mais 19 anos, mas teve que sair por questões profissionais. “Mas, foi tudo muito gratificante”, pontuou.
Agora, está há mais de 20 anos no mercado de seguro e resseguro. “Sou atuária, mas apaixonada por marketing e tecnologia. Trabalho na repaginação da Excelsior, onde estou há 6 anos. Estamos em um processo de transformação total, com todos os investimentos voltados para isso”, revelou.
Sobre a busca pela igualdade entre homens e mulheres, ela citou pesquisa recente segundo a qual seriam necessários 136 anos para se alcançar essa meta. “Não podemos deixar isso acontecer. Tem que ser hoje, tem que ser agora. Ninguém vai esperar tanto tampo. Somos a maioria. O Brasil é o sétimo país em número de mulheres empreendedoras.
É alarmante o quanto a gente se arrisca. Segundo a executiva da Excelsior, as mulheres empreendedoras são mais engajadas que os homens.
Além disso, durante a pandemia as mulheres empreenderam 40% a mais. “Há dados indicando que mulheres até 35 anos inovam muito mais que homens. Contudo, os homens faturam mais. Isso ocorre porque o homem tem mais sangue nos olhos na hora de falar em dinheiro. São mais agressivos. As mulheres não buscam crédito, tentam se virar com o que têm”, lamentou.