Revista Cobertura – Por 57 visualizações 28/03/2023 as 08:17

O mercado de seguros pernambucano experimentou alta nos pagamentos de indenizações no acumulado de 2022, se comparado com 2021. Segundo levantamento produzido pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), divulgado durante Encontro Setorial do Nordeste, foram repassados aos segurados R$ 1,5 bilhão (sem Saúde, DPVAT e VGBL), 7,3% a mais que no ano anterior.

Alguns dos produtos de seguro do segmento de Danos e Responsabilidades (sem DPVAT) apresentaram os avanços expressivos, com destaque para Responsabilidade Civil, que registrou o maior crescimento, com 63,9% (R$ 10,5 milhões), seguido pelo seguro Rural, com 54,9% (R$ 7,6 milhões), e Crédito e Garantia, com 46,3% (R$ 29,1 milhões).

O cenário positivo do setor também foi experenciado nas arrecadações. Desconsiderando os dados de DPVAT e Saúde Suplementar, Pernambuco teve um aumento de 13,7% (R$ 6,4 bilhões) na procura por produtos de seguro, destacando os seguros Marítimos e Aeronáuticos, com aumento de 43,6% (R$ 24,9 milhões); o Rural, com 35,5% (R$ 21,2 milhões); e o Automóvel, com 30,4% (R$ 1,1 bilhões).

O presidente do Sindicato das Seguradoras do Norte e Nordeste (Sindsegnne), Ronaldo Dalcin, destaca que o mercado de seguros vem crescendo constantemente, ano a ano. “Estamos cientes dos desafios e do trabalho que precisam ser realizados, principalmente no que diz respeito à capacitação de todo o nosso ecossistema, visando fortalecer ainda mais o entendimento de que o seguro é uma proteção indispensável para a sociedade e para a economia como um todo”.

Nacionalmente, a indústria do seguro se manteve em alta. O pagamento de indenizações, benefícios, resgates e sorteios (sem Saúde e sem DPVAT) somaram mais de R$ 219,4 bilhões em 2022, volume 15,5% superior a 2021. Quando falamos em arrecadação, o setor viu a demanda avançar 16,2% em relação ao ano de 2021, com mais de R$ 355,9 bilhões em arrecadação (sem Saúde e sem DPVAT). Para Oliveira, os dados indicam uma tendência de crescimento mais equilibrado. “O ano de 2022 foi muito positivo. As indenizações cresceram em linha com a arrecadação, mantendo assim um mercado saudável”, enfatiza.

O desenvolvimento da indústria de seguros é um dos temas abordados no PDMS, que tem o objetivo de aumentar a parcela da população atendida em 20% pelos diversos produtos do mercado, além de elevar o pagamento de indenizações, benefícios, sorteios, resgates e despesas médicas e odontológicas dos atuais 4,6% do PIB para 6,5% do PIB. Dyogo Oliveira, estima que, como consequência da implementação do Plano, em termos de receita, o mercado atinja 10% do PIB nacional em 2030.

“O Plano foi criado a partir da percepção de que o setor pode gerar mais reservas para a poupança nacional e direcionar mais recursos para importantes projetos nacionais, ao apoiar iniciativas públicas e privadas. Assumimos riscos das mais diversas atividades econômicas e oferecemos proteção aos indivíduos e às empresas”, ressalta Oliveira.

Proteção veicular também foi abordada durante encontro

Durante o Encontro Setorial, o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, também alertou sobre o avanço da proteção veicular. “O consumidor corre sérios riscos porque é um modelo de negócios que já existiu no passado e que deixou um saldo de prejuízos irreparáveis por não cumprir as regras prudenciais e de solvência necessárias no mercado de seguros. Portanto, o avanço das entidades mútuas representa um retrocesso, não só porque concorrem de forma desleal no mercado formal de seguros, mas também porque, sem fiscalização, podem transformar em pó a poupança de milhares de consumidores atraídos por benefícios que não serão concedidos”.

O executivo destacou ainda que as associações de proteção veicular representam perda fiscal de R$ 1,2 bilhão ao ano. Para alertar os consumidores, a CNseg criou o site https://www.seguroautosim.com.br/