Revista Apólice – Data de publicação – 30 de agosto de 2023
O transporte rodoviário desempenha um papel vital na economia da América Latina; é uma parte fundamental do comércio e da distribuição de mercadorias na região. No caso do Brasil, 65% das cargas utilizam esse modo de transporte e o país enfrenta , como o restante da América Latina, desafios e riscos que levaram os participantes desse setor a implementar cada vez mais medidas destinadas a proteger pessoas e cargas e, assim, evitar perdas significativas.
Alguns dos riscos, especialmente aqueles relacionados a furtos e roubos, geraram a necessidade de aumentar o uso de ferramentas como inteligência artificial, rastreamento por satélite (GPS), monitoramento, telemetria, travas eletrônicas, iscas, escoltas e outras ações tomadas por transportadoras e embarcadores para proteger seus produtos e minimizar os riscos durante as operações de transporte. Além disso, cada país implementa regulamentações relativas ao peso e às dimensões dos veículos de carga, restrições à circulação em determinados horários ou em determinadas áreas urbanas, licenças e autorizações necessárias para operar e, entre outros, requisitos de segurança e manutenção dos veículos para o mesmo propósito.
O setor adotou essas medidas e regulamentações de segurança, mas também reconheceu o valor de uma apólice de seguro bem estruturada, projetada para atender às necessidades específicas de cada cliente. E reconhece cada vez mais a importância do regulador de sinistros como um veículo para colocar os negócios de volta nos trilhos o mais rápido possível.
Mas como podemos minimizar o impacto de um sinistro? Por meio de eficiência e tecnologia.
Eficiência no gerenciamento de sinistros
Quanto mais rápido for o atendimento inicial e o processo de regulação de sinistros, mais rápido a indenização será feita e o dinheiro será devolvido à operação do segurado. A eficiência é fundamental no processo de tratamento de sinistros e deve ser uma das principais questões a serem consideradas pelos segurados, corretores e seguradoras ao escolherem seus parceiros.
E como a eficiência se traduz em ação oportuna? Na Crawford, o maior fornecedor independente de soluções de gerenciamento de sinistros do mundo, isso se traduz da seguinte forma:
Resposta rápida: No caso de um sinistro, nossa equipe está preparada para agir imediatamente, avaliando os danos e tomando as medidas necessárias para mitigar as perdas. Isso permite que as transportadoras e seguradoras minimizem os impactos econômicos e operacionais.
Experiência e conhecimento: O entendimento dos riscos específicos, bem como das regulamentações relevantes em cada país, garante uma avaliação precisa dos sinistros e uma resolução eficaz.
Trabalho colaborativo: A formação de uma sólida rede de colaboradores, incluindo peritos, especialistas jurídicos e outros profissionais, nos permite oferecer uma abordagem abrangente. Ter uma estrutura e treinamento técnico para prestar um serviço adequado, rápido e eficiente possibilita a execução dos processos no menor tempo possível.
Transparência e comunicação: A comunicação clara e transparente é essencial no processo de regulação de sinistros. A Crawford criou o Portal do Cliente, um ambiente que reúne os sinistros do segurado, com o respectivo status de cada um deles. O segurado pode revisar o tipo de dano, localização geográfica, perda estimada, origem e destino, resgate, reembolso, entre outros, sob estrita confidencialidade e sem custo adicional para o cliente.
Tecnologia de minimização de riscos
Seja devido ao local ou ao tipo de incidente, muitas vezes são necessárias muitas horas para que o inspetor/avaliador chegue ao local. Ciente desse desafio, a Crawford criou o Vistoria Remota, uma tecnologia desenvolvida pela equipe brasileira que facilitou o trabalho de inspeção por meio do acesso virtual imediato ao local do acidente.
O sistema Vistoria Remota permite uma primeira análise inicial das dimensões do acidente, da extensão dos danos e dos tipos de recursos a serem empregados no resgate da carga. O mais comum é que o acesso a essas informações seja concedido após a chegada física do vistoriador ao local do acidente, o que, em um país de dimensões continentais e de difícil acesso, como o Brasil, nem sempre é fácil de gerenciar.
Graças a essa tecnologia, o processamento do sinistro é praticamente imediato. As informações fornecidas possibilitam a adoção de medidas como a contratação de recursos (vigilantes, crachás, máquinas, veículos de transporte etc.). Isso garante a preservação dos bens segurados e a agilidade no resgate e na segurança da carga, minimizando os prejuízos.
A tecnologia e o conhecimento mencionados acima são colocados em prática para minimizar o impacto dos sinistros nas áreas de: Transporte Doméstico (ramo 21), Transporte Internacional (22), Responsabilidade Civil do Transportador de Carga em Viagens Internacionais — RCTR-VI-C (32), Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga — RCTR-C (54) e Responsabilidade Civil do Transportador — Desvio de Carga — RCF-DC (55). Temos centros especializados para RC de Operadores Portuários, políticas de Prevenção de Perdas em portos e aeroportos do país e TPA (Terceirização).
Como mencionado no início deste artigo, a carga está exposta a riscos e desafios no transporte rodoviário. No entanto, se a empresa que está regulando o sinistro tiver a capacidade de agir com eficiência e implementar os recursos tecnológicos à sua disposição, o impacto do sinistro pode ser reduzido com sucesso.
* Por Márcio Trindade, head of Marine da Crawford Brasil