Notícias | 19 de setembro de 2023 | Fonte: CQCS l Bárbara Maria

Conforme noticiado nesta segunda-feira (18) pelo CQCS, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizou uma megaoperação para prender organização criminosa especializada em simular acidentes de trânsito e destruir carros de luxo para receber altos valores de indenização pagos por seguradoras. Novos desdobramentos das investigações apontam que os envolvidos no esquema levavam uma vida de luxo graças aos valores do ilícito.

Estruturado, o grupo criminoso era formado por um empresário, uma advogada, um ex-policial militar do DF, a mulher do PM e outros dois integrantes. O grupo, de acordo com as investigações, faturou pelo menos R$2 milhões, forjando acidentes violentos, com perda total dos veículos, para embolsar o dinheiro do seguro.

O empresário Glauber Henrique Lucas de Oliveira, um dos suspeitos de praticar os golpes, de acordo com o Portal Metrópoles, não economizava euros e dólares quando o assunto era ostentar durante viagens internacionais. Nas redes sociais, o empresário tem registros em destinos sofisticados, como Courchevel, uma estação de esqui nos Alpes Franceses, próximo à Itália e em uma região fronteiriça com Lyon, na França; Genebra, na Suíça; e Turim, na Itália.

Entenda como a quadrilha funcionava

A organização criminosa tinha um modus operandi definido no momento de comprar um determinado carro, circular com ele por alguns meses e depois planejar a colisão. As batidas sempre ocorriam em locais ermos e escuros, para dificultar a presença de testemunhas. Os integrantes do esquema adquiriam veículos importados de certo tempo de uso e de difícil comercialização, alguns ainda avariados.

Os investigadores descobriram que os veículos eram consertados e, logo depois, os criminosos contratavam seguros, sempre com valor de indenização correspondente a 100% da tabela Fipe, muito superior ao valor de aquisição e conserto dos carros. Para driblar o mercado segurador e dificultar a descoberta de vínculos criminosos, o bando se revezava na condição de proprietário, contratante do seguro, condutor, terceiro envolvido no acidente e recebedor da indenização, às vezes via procuração.

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