Notícias | 27 de outubro de 2023 | Fonte: Insurtalks

As Inteligências Artificiais mais comentadas

O GPT-3, da OpenAI, surgiu em 2020 e ganhou notoriedade com o “ChatGPT”, e é a mais famosa das ferramentas de IA generativa no momento. Com seu recurso interativo de elaboração sequencial de textos, tem a capacidade de atuar em diferentes áreas. Já o modelo de aprendizagem de máquina (machine learning ou LLM) utiliza algoritmos que conseguem, através de dados, apreender padrões, fazer previsões ou tomar decisões. O ChatGPT é, em si, a concretização prática dessas linguagens de aprendizagem, e promove interações que se espelham em diálogos criando conteúdos com base em perguntas.

Comodidades nos serviços das seguradoras com uso das IAs

Com tantos recursos disponíveis, não é difícil deduzir o vasto terreno de possibilidades que esse modelo de IA pode apresentar para o setor de seguros.

As IAs generativas se revelam como uma “sofisticação de tecnologias já existentes”, o que permite aprimorar tarefas executadas cotidianamente. Com isso, tendo em vista o caráter inovador das IAs generativas, é possível compor um cenário favorável dentro da sua aplicabilidade no setor dos seguros. Devido ao conjunto de dados e ao processamento de informações, as seguradoras podem garantir maior otimização no seu desempenho, ajustando o que for necessário para preservar a melhor experiência ao cliente.

Maior precisão na análise de riscos

Os modelos de aprendizagem de máquina têm a habilidade de analisar dados em larga escala, permitindo a avaliação mais acelerada e precisa de riscos. Isso possibilita que as seguradoras personalizem as apólices com base em dados específicos do cliente e histórico de sinistros.

Além disso, a detecção de fraudes é acionada por meio de algoritmos de machine learning, uma vez que eles são eficazes na identificação de padrões suspeitos. Dessa forma, as seguradoras podem se prevenir quanto a perdas financeiras que podem ser causadas pelas ações de entidades fraudulentas.

Pontos de atenção para as seguradoras

Quanto ao controle dos dados, a Estrategista Global da Indústria WW FSI na Microsoft, Dorota (Dori) Zimnoch, em entrevista publicada pela ICT DIA Europe, afirmou que IA generativa auxilia efetivamente as empresas na melhora do seu desempenho. Para ela, é indispensável que as seguradoras levantem os questionamentos:

  • Os dados são confiáveis?
  • Qual é a qualidade dos dados?
  • Como os dados podem ser usados?

Tecnologia para acompanhar a jornada do cliente 24 horas por dia

Zimnoch revelou também a importância das empresas acompanharem a jornada do cliente, “aplicando esta tecnologia para apoiar os agentes do call center, por exemplo, no tratamento de dúvidas dos clientes e na preparação e envio de documentos imediatamente após uma chamada do cliente”. Ou seja, os canais de serviço de atendimento ao cliente, os Chatbots e assistentes virtuais, por exemplo, são baseados em machine learning e podem ser usados para fornecer suporte ao cliente 24 horas por dia.

Uma vez que as seguradoras pretendem assegurar os seus clientes, deve-se ter muito bem explicitado para os segurados a função do suporte e os passos que eles deverão seguir para solucionar um eventual problema.

A IA generativa pode substituir o trabalho técnico

Diante do potencial das máquinas de criar e até mesmo de executar ações com base em dados, há dúvidas em relação a sua capacidade de substituir os seres humanos. Os questionamentos sobre a competência e a eficácia da inteligência artificial vêm tomando espaço em diversas discussões acerca do tema.

Tom Wilde, CEO da Indico Data, que também participou do Evento ICT DIA Europe, demonstrou um olhar positivo acerca do ChatGPT e dos novos modelos de aprendizagem de máquina. Para ele, o GPT-4 trouxe a possibilidade de uma organização e gerenciamento de solicitações. O seu imenso conjunto de habilidades abre um amplo espaço para o desenvolvimento dessa tecnologia em torno da “segurança, da proteção e da escalabilidade” que deverão ser proporcionadas pelos seguros.

Trabalho humano continuará sendo essencial

Para Dorota Zimnoch, embora o GPT-4 seja um grande aliado, ele ainda não é perfeito no que diz respeito à captura de todas as informações relevantes, e por isso o trabalho humano continuará sendo essencial. Portanto, é necessário que as empresas trabalhem junto com suas equipes no desenvolvimento de habilidades que permitam familiarizar os colaboradores no universo das novas tecnologias, para garantir de maneira efetiva melhores resultados.

“Será que a inteligência artificial será tão poderosa quanto os seres humanos?”

Em um vídeo publicado no portal Alura, Gui Silveira responde: “Será que a inteligência artificial será tão poderosa quanto os seres humanos?”. A conversa dos profissionais em programação aborda a perspectiva que se tem discutido na área de inovação tecnológica de que as máquinas têm dentro de si capacidade de pensar e raciocinar. Nesse sentido, é possível pensar num cenário em que as IAs competiriam com os seres humanos, superando suas funções e acelerando suas tarefas. Contudo, essa questão ainda é muito controversa e não há um consenso na visão dos especialistas. O que já é possível determinar é que as novas tecnologias podem aprimorar algumas atividades e, dentro dessa premissa, cabe ao ramo segurador aproveitar todo esse potencial para potencializar os resultados do trabalho humano e, consequentemente, os negócios no setor de seguros.