Representante das seguradoras avalia desempenho dos seguros no Mato Grosso do Sul e fala sobre a relevância desse mercado em palestra nesta quinta-feira (09/11) na ACICG.

O volume de arrecadação dos seguros residenciais no Mato Grosso do Sul de janeiro a agosto deste ano foi 17,2% maior do que no mesmo período do ano passado. A média nacional de crescimento desta modalidade de seguro no mesmo período foi de 7,6%.

No seguro agrícola o Mato Grosso do Sul também apresentou um desempenho bem acima da média dos estados. Considerando o período de agosto de 2022 até agosto de 2023 a arrecadação no seguro agrícola no estado cresceu 12,4%, enquanto na média geral incluindo todos os estados houve uma queda de 79,6%, segundo dados da última edição da Revista Conjuntura CNseg.

Na avaliação do representante das seguradoras no Mato Grosso do Sul e no Paraná, Altevir Prado, a recorrência de fenômenos climáticos cada vez mais severos é um dos fatores que vem alavancando algumas modalidades de seguro em determinadas regiões do Brasil.

Altevir é presidente do Sindicato das Seguradoras (Sindseg PR/MS) e foi convidado para fazer uma palestra para empresários na Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), às 18h30 desta quinta-feira (09). “A relevância do mercado segurador para a sociedade” é o tema da palestra que o presidente ministrará durante a reunião de diretoria da ACICG.  

Segundo o palestrante, de maneira geral, os seguros crescem no Brasil acima do PIB, mas ainda há grandes desafios para ampliar a base segurada. “A previsão de crescimento do mercado segurador neste ano é de 9,4%, enquanto o PIB deve subir 3%, mas ainda assim, o potencial de expansão do mercado é enorme. A estimativa, por exemplo, é de que apenas 30% da frota automotiva do país tem seguro, 17% das residências estão protegidas, 25% da população têm seguro saúde e apenas 17%, seguro de vida”, afirmou Prado.

Em sua palestra, que já foi ministrada em outras quatro associações comerciais, o presidente do Sindseg PR/MS mostra o peso das fraudes na composição do preço do seguro e discorre sobre a importância das reservas técnicas que as seguradoras mantêm aplicadas em títulos do tesouro nacional.  

Segundo ele, essas reservas atualmente ultrapassam R$ 1,6 trilhão e além de garantir a solvência do sistema para pagamento das indenizações, também ajudam a custear os investimentos do Governo Federal.

Altevir Prado destaca que um dos objetivos de sua palestra é mostrar à sociedade a diferença do mercado regulado de seguros, que segue regras de solvência e é fiscalizado pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), do mercado paralelo, formado por associações que comercializam proteção veicular sem qualquer regra de solvência ou fiscalização.