EXCLUSIVO – De acordo com informações divulgadas pelo MEC (Ministério da Educação), mais de 9,4 milhões de alunos estão matriculados na rede de ensino privada na educação básica, que contempla a creche (zero a três anos), a pré-escola (quatro e cinco anos), as nove séries do ensino fundamental e as três do ensino médio. Segundo o Censo do Ensino Superior 2022, 7,3 milhões de universitários brasileiros estudam em instituições privadas, que cresceram 6,6% em 2022.
Estes estudantes e seus responsáveis vão se deparar com mensalidades mais caras neste ano, superando em quase cinco pontos percentuais a inflação prevista para 2024, segundo levantamento da Explorar, consultoria de dados do grupo especializado no setor educacional Rabbit. Dados como este reforçam a importância ao aluno e seus responsáveis contarem com o seguro educacional.
O produto cobre casos de morte por causas naturais, invalidez parcial ou total e desemprego ou afastamento do trabalho por doença adquirida em decorrência do mesmo. Além das instituições, tanto estudantes ou seus responsáveis legais podem contratar uma apólice. O contrato deverá especificar o início e o fim de vigência do seguro, que pode variar entre apenas um ano letivo ou todos os anos de um ciclo de estudo.
“Uma das melhores formas de lidar com imprevisto é investindo na proteção. O seguro educacional contribui para a redução da inadimplência e do abandono dos estudos devido a dificuldades financeiras, uma vez que é um benefício que garante, por exemplo, o pagamento de mensalidades às instituições escolares em situações inesperadas. O produto pode ser oferecido por instituições de ensino de nível básico (fundamental e médio) e superior (graduação e pós-graduação). E essa oferta, além de contribuir positivamente para a reputação da instituição, pode impactar na redução da evasão escolar por motivos financeiros”, afirma Bernardo Castello, diretor da Bradesco Vida e Previdência.
O executivo reforça que “o seguro educacional oferece também benefícios adicionais de assistência ao estudante, que podem garantir atendimento emergencial em caso de acidente, doença ou intervenção cirúrgica, como remoção inter-hospitalar, transporte para frequência às aulas e aulas em casa, locação de aparelhos ortopédicos e hospitalares, entre outros”.
Segundo dados divulgados pela FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), o seguro educacional arrecadou R$ 21,52 milhões em prêmios de janeiro a novembro de 2023. Castello diz que a procura pela contratação do seguro educacional foi impulsionada pela Covid-19.
“Em 2020, quando começou a pandemia, grandes redes de colégios, universidades e até escolas de idiomas, receosas dos impactos que aquele período causou sobre emprego e mortes, procuraram constituir apólices de seguro educacional. Entretanto, com o decorrer dos anos, o receio pandêmico por parte das instituições de ensino passou, propiciando uma acomodação do segmento. Ainda assim, há uma expectativa de aumento na procura por esse tipo de seguro em 2024, por meio da customização e lançamento de novos produtos. Afinal, o valor de uma apólice varia entre 1,5% e 3% da mensalidade”, ressalta o executivo.
Para que o segmento cresça, Castello reforça que é preciso falar sobre proteção para levar informações de qualidade para cada vez mais pessoas. “O seguro educacional, por exemplo, é um produto ainda pouco conhecido, mas com grande potencial. Nesse sentido, assim como fazemos, acreditamos que o setor deve trabalhar em parceria com os corretores de seguros, para que eles se tornem verdadeiros especialistas sobre esse produto, colaborando para ampliar o conhecimento acerca dos benefícios, tanto para as instituições de ensino, quanto para os responsáveis e alunos”.