JRS – comuniquese – 5 dias atrás

Pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Planejamento Financeiro (Planejar) revelou que 68,5% dos brasileiros residentes na região Sul do País realizam planejamento financeiro. O estudo, em sua quarta edição, conduzido em março, em parceria com o Instituto de Planejamento Estratégico (IBESPE), e contou com uma amostra de 649 entrevistas, estratificadas de acordo com parâmetros adotados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Dentre os entrevistados, 29,4% destacaram a busca por estabilidade financeira como principal objetivo do planejamento, seguido por 23,6% que mencionaram a organização das finanças e 23,4% que apontaram a intenção de adquirir bens imóveis, como casa, apartamento e etc.

Quanto ao período de foco para planejamento financeiro, a maioria dos sulistas demonstrou interesse para o longo prazo, com 54,1% buscando se planejar financeiramente para um futuro distante. Em contraste, 26,3% direcionam seus esforços para o curtíssimo prazo, enquanto 17,2% e 10,5% concentram-se no curto e médio prazo, respectivamente.

Por outro lado, entre aqueles que afirmaram não realizar planejamento financeiro, 66,7% justificaram a falta de renda suficiente como o motivo principal. Em segundo lugar, com 26,5%, está a percepção de não haver necessidade para tal prática. Por fim, 6,9% mencionaram a falta do hábito de investir ou disposição para fazê-lo.

Quando questionados sobre a assistência de um assessor financeiro para o planejamento financeiro, 72,8% afirmaram não contar com esse suporte, enquanto 27,2% declararam ter o apoio de um profissional. Dentro desse último grupo, uma parcela substancial (28%) relatou contar com a ajuda de parentes e amigos; 27.3% mencionaram o gerente do banco; e 22.7% recorrem a um agente ou consultor autônomo para essa finalidade.

Segundo Osvaldo Cervi, vice-presidente do Conselho de Administração da Planejar, houve uma melhora significativa na conscientização sobre a importância do planejamento financeiro. No entanto, ressalta que ainda há um longo caminho a percorrer em relação à compreensão da relevância do planejamento visando objetivos mais duradouros.

Cervi ainda destaca a instabilidade econômica e o alto nível de endividamento das famílias como fatores que influenciam a visão sobre estabilidade financeira. “Embora haja ainda um percentual grande de pessoas buscando organização para lidar com as dificuldades imediatas, à medida que ocorre um amadurecimento e maior compreensão sobre o planejamento financeiro, é esperado um maior deslocamento dos objetivos de curto para longo prazo”, afirma.