Notícias | 4 de setembro de 2024 | Fonte: CQCS | Itana Oliveira com informações do Estadão – Reprodução: Monitor Mercantil

A sinistralidade das principais operadoras de planos de saúde está voltando aos níveis observados antes da pandemia, refletindo uma recuperação no setor. A avaliação foi feita por Washington Alves, gerente de Habilitação e Estudos de Mercado da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), durante a divulgação dos resultados financeiros do setor para o primeiro semestre de 2024.

De acordo com Alves, a sinistralidade das grandes operadoras alcançou os índices anteriores à crise na área de saúde, sinalizando uma recuperação significativa no desempenho operacional das empresas de saúde. O setor apresentou um lucro líquido de R$ 5,6 bilhões no primeiro semestre deste ano, marcando um impressionante aumento de 180% em relação aos R$ 2 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.

No segundo trimestre de 2024, o lucro líquido atingiu R$ 2,2 bilhões, comparado aos R$ 1,1 bilhão do segundo trimestre de 2023 e ao prejuízo de R$ 1,5 bilhão do mesmo período de 2022. Alves destacou que, apesar da recuperação geral, a melhoria não é uniforme e é impulsionada principalmente pelos grandes players do mercado. Mesmo sem considerar os resultados das maiores operadoras, houve uma evolução positiva no setor como um todo.

No entanto, o desempenho das operadoras de autogestão, que não comercializam seus planos no mercado aberto e atendem a grupos específicos, mostrou uma tendência preocupante. Alves indicou que a queda observada entre essas operadoras não é um fenômeno isolado, mas um padrão que merece atenção.

Para o terceiro trimestre, a ANS antecipa um possível recuo nos resultados financeiros, devido à sazonalidade que traz um aumento nas doenças respiratórias durante os meses mais frios. Com a chegada do verão, é esperado que o setor se recupere e mantenha resultados positivos no quarto trimestre.