EXCLUSIVO – A abertura do 23º Congresso Brasileiro de Corretores de Seguros começou com uma demonstração de força política. Da mesa de abertura participaram o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado, e Rio de Janeiro, Claudio Castro. As lideranças do setor e dos órgãos reguladores também marcaram presença. O evento acontece de 10 a 12 de Outubro, no Rio de Janeiro, organizado pela Federação Nacional dos Corretores de Seguros.

A plateia não poupou manifestações contrárias aos políticos que não seguiam sua linha ideológica, independente da sua disposição de apoiar o setor de seguros e destravar pautas que podem contribuir para o desenvolvimento do mercado de seguros. Fernando Haddad contou sobre a época em que era professor universitário e foi convidado a desenvolver a primeira Tabela FIPE, a convite do editor da Revista Quatro Rodas, Eugênio Bucci. “Sou amigo de toda a comunidade de seguros. Resgatamos a Lei que estava há 20 anos parada. Todos os interessados foram chamados para discutir o texto da nova lei, que foi aprovado no Senado”.

Ele destacou que o Governo Federal tem todo o interesse em investir no mercado de seguros, tanto que agora foi desengavetada a Lei Especial dos Contratos de Seguros (PLC 29/2017). Estamos afastando uma serie de incertezas que as pessoas tinham ao assinar um contrato. “Outra lei, aprovada na Câmara, é aquela que regulamenta as cooperativas de seguros. São mais de 3 mil entidades que estão ao desabrigo da Lei e que em breve estarão sob a égide da Susep. Temos muito a fazer e muito a crescer”.

Haddad ressaltou: “Temos muito a fazer, independente de religião, time de futebol e ideologia política, temos que pensar em reconstruir o Brasil. O diálogo como premissa nos leva às convergências, aprimorando a legislação, permitindo que o seguro se desenvolva no país”.

O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, enfatizou que a presença de diversos políticos no Congresso mostra que o trabalho está começando a gerar frutos, principalmente do governo brasileiro para indústria, que emprega 600 mil pessoas e tem 6% de participação no PIB. Ele salientou o potencial do setor que passou por diversas crises e mesmo assim não se abalou e continuou crescendo a dois dígitos por ano.

Lucas Vergílio, presidente da ENS, disse que o setor está passando por mudanças. O mercado tem muito espaço para crescer, mas agora as condições existem, como insurtehcs, novos players, produtos inovadores e atuação proativa do regulador. “Cabe à ENS capacitar e formar os profissionais que atuam no setor. Este cenário descortina oportunidades, mas coloca desafios. Neste setor é preciso se reinventar para continuar competitivo”.

Paulo Rebello Filho, presidente da ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar – informou que setor de saúde suplementar é objeto de desejo da população. Ele está se recuperando e já teve no segundo semestre resultados operacionais positivos. “O trabalho dos corretores de seguros é de fundamental importância, porque o corretor é o elo entre operadoras e clientes”.

Alessandro Octaviani, superintendente da Susep, avisou que é preciso pensar em novos seguros e novas capacidades para o setor. “Só com o diálogo e o pleno respeito à divergências é que conseguiremos chegar às convergências, e este Congresso também serve para isso. Precisamos fazer do Brasil um mercado de seguros a altura do País, temos 70% do mercado para fazer seguro auto, no agro tem mais de 80% para trazer proteção para a população”.

Armando Vergilio, presidente da Fenacor, falou sobre a importância de ter políticos dispostos a defenderem o mercado participando do Congresso, conhecendo e aprofundando, com o objetivo de fazê-lo crescer. “Precisamos estar cada vez mais na vida das pessoas, no cotidiano das empresas e na garantia do setor público, das grandes obras e até do financiamento de projetos fundamentais para o nosso país, pois somos os principais investidores institucionais do país”.