Zero Hora – 03/04/2017 Após a escolha e compra do carro, começa outra corrida: encontrar um seguro que não atropele o orçamento. Proteger o automóvel contra furto e colisões é quase uma obrigação diante do trânsito caótico das grandes cidades e da escalada da violência no Rio Grande do Sul. O desafio de assumir outra parcela nas contas é maior em tempos de crise, quando a renda está baixa e nunca se sabe se haverá emprego amanhã.Muitos clientes começam a buscar informações sobre seguros mais baratos, que cobrem apenas roubo, por exemplo percebe o corretor Jorge Jaeger, diretor da J. Jaeger Seguros.A indústria não fica para trás e, para esse consumidor, tem formatado uma série de opções mais baratas, com coberturas parciais. O Itaú, por exemplo, oferece uma proteção exclusiva contra roubo ou furto, além de assistência mecânica e cobertura contra incêndio deixa de fora a proteção contra colisão. A Tokio Marine também vende uma cobertura básica para furto, roubo e incêndio, com assistência 24 horas e instalação gratuita de um rastreador.Eles protegem do grande risco de Porto Alegre atualmente, que é o roubo. Em compensação, se o carro roubado for encontrado e estiver danificado, a conta do conserto será do cliente alerta Jaeger.Em média, esses seguros populares custam de 25% a 35% menos do que os tradicionais, com serviço completo. Eles podem ser complementados com cobertura a danos de terceiros ou carro reserva, por exemplo, o que vai pesando sobre o preço. É preciso medir o custo-benefício de cada opção para saber qual realmente vale a pena.Vice-Presidente do Sindicato das Empresas de Seguros Privados, Capitalização e de Resseguros no Estado (Sindsegrs), Rubens Oliboni afirma que essas modalidades de cobertura são relativamente novas, com poucos anos no mercado, fruto de uma demanda por opções mais acessíveis.As seguradoras têm feito parcerias com empresas de rastreamento, tornando essas coberturas mais populares, e até o final do ano deveremos ter mais opções no mercado gaúcho aponta Oliboni.Um outro tipo de cobertura, com toda uma regulação própria, também poderá chegar com força ao Rio Grande do Sul nos próximos meses: o Auto Popular. Já adotada em São Paulo, a modalidades permite que peças não originais ou usadas sejam aproveitadas no conserto de carros acidentados. Freios, suspensões, airbags e outros itens de segurança não entram na lista têm de ser novos. A redução de preço em relação ao seguro tradicional deve ser de até 25%.Esperava-se que o Auto Popular tivesse preços ainda mais baixos do que os seguros tradicionais, na casa de 40%, mas existe uma oferta de peças ainda limitadas, que dependem do credenciamento das desmontadoras e da fiscalização dos Detrans, e essa logística leva tempo para ser formada explica Oliboni.