CQCS – 26/06/2017Entretanto, apenas 10% dos 206 milhões de brasileiros possuem seguro de Vida e Acidentes Pessoais.O executivo, que completou este mês 55 anos de atuação no mercado de seguros, foi convidado especial para o Workshop VIP do Clube Vida em Grupo do Rio de Janeiro (CVG-RJ) realizado nesta quinta-feira, 22 de junho. Em sua palestra sobre o segmento, ele apontou alguns aspectos que considera essenciais para que o potencial dos seguros de Pessoas passe a ser melhor aproveitado.O primeiro é uma boa subscrição. “Hoje, não há o rigor necessário ao realizar essa etapa. É preciso olhar para a demanda no momento da subscrição de riscos e da precificação, e não para a sua própria carteira. Uma mudança nesse sentido tornaria a liquidação de sinistros muito mais tranquila”, explicou Bertacini. Ele destacou a importância de se solicitar documentos como a Declaração Pessoal de Saúde (DPS) para evitar ruídos e garantir agilidade quando a indenização for solicitada.Além disso, o executivo citou a falta de campanhas de aculturamento da população sobre o seguro de cunho institucional. “Os jovens, que serão os futuros segurados, só têm contato com a propaganda de cada seguradora”, disse, contando que o Sincor-SP está à frente de um projeto para conscientizar a juventude das escolas públicas de São Paulo sobre a importância de se proteger, que será colocado em prática a partir de agosto.“Mas o corretor também precisa participar desse processo. Muitas vezes, ele tem um segurado fiel, que renova todo ano a sua proteção de Auto, mas não oferece um seguro de Vida”, exemplificou.Além da diversificação da carteira, o presidente da APTS recomenda que os corretores busquem sempre se atualizar sobre as normas da Susep e as tendências do ramo, que é bastante complexo. “Há diversas modalidades que não podem ser esquecidas no dia a dia: o Vida temporário, o prestamista, os seguros de Vida previstos em convenções salariais, os feitos por capital global, o seguro obrigatório para estagiários e, é claro, o DPVAT – um direito que grande parcela da população desconhece”, listou.Outra dica é se aprofundar mais na hora de vender o produto. “Se um cirurgião plástico que trabalha principalmente com o dedo indicador e o polegar perde um deles, em uma apólice tradicional, ganha indenização equivalente a 15% da garantia segurada. Mas, sem aquele dedo, ele não pode mais trabalhar. Por isso, o seguro deve levar esse fator em conta. Mas só sabemos disso se perguntamos sobre a profissão do nosso segurado”, orientou, garantindo que a diferença no valor do prêmio é pequena, enquanto a indenização cresce consideravelmente.Bertacini ainda frisou que o setor de seguros precisa mostrar mais à sociedade quanto devolve em indenizações a cada ano. “Foram R$ 7 bilhões pagos somente em Vida em 2015, e R$ 207 bilhões pelo mercado em geral”, informou. Ele alertou, por fim, a necessidade de atualização da legislação do segmento e de maior vigor na punição às tentativas de fraudes, que desequilibram o segmento.Expertise reconhecida – Diversos profissionais presentes no evento fizeram questão de agradecer pela palestra e exaltar a excelência de Osmar Bertacini em sua atuação no mercado segurador e como professor da Escola Nacional de Seguros. Entre eles, o presidente do Conselho Consultivo do CVG-RJ, Olívio Américo da Silva, e seu sócio, Gilberto Villela, que parabenizou o Clube pela realização do workshop; Octávio Perissé, conselheiro do CVG-RJ, e os representantes da diretoria – Carlos Ivo Gonçalves, vice-presidente, e Marcello Hollanda, presidente.De acordo com ele, “foi um honra receber na sede do CVG-RJ um profissional referência nos segmentos de Vida e Acidentes Pessoais como Osmar Bertacini, que brindou os presentes com uma palestra esclarecedora, rica em informações técnicas sobre esses seguros tão complexos e importantes para a sociedade”. Ele também agradeceu a presença do vice-presidente da Aconseg-RJ, Joffre Nolasco, dos conselheiros Ênio Miraglia e Olívio Américo, e das representantes do Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (CCS-RJ), Sonia Marra e Marcia Simplicio.
Fonte:
https://www.sindsegsp.org.br/site/noticia-texto.aspx?id=26825