Revista Apólice – Data de publicação – 5 de abril de 2023
Qual o papel da comunicação? Começo essa reflexão com uma pergunta complexa e relevante para a nossa discussão. A comunicação permeia as relações humanas, desde os primórdios nas suas mais variadas formas, sempre foi essencial, por meio dela os seres humanos e os animais compartilham diferentes ideias e informações entre si, tornando a ação uma atividade crucial para a vida em sociedade. É como o laço que nos une, que nos conecta e que nos permite trabalhar em conjunto, seja por meio da voz, escrita ou linguagem de sinais. Sem ela dificilmente algo grandioso seria construído. Digo isso porque, apesar da relevância do esforço individual, é na cooperação que crescemos como humanidade, unindo esforços e caminhando juntos, rumo ao progresso.
Pensando nas organizações, a relevância da comunicação não poderia ser diferente e, portanto, se mostra fundamental para que qualquer desafio seja bem-sucedido. De dentro para fora, ela contribui com toda a construção de valor de uma marca frente ao seu público-alvo. E, ao olharmos para o mercado de seguros, setor no qual atuo há quase 10 anos, vejo que seu papel tem um propósito ainda maior, visto que, mais do que comunicar os diferenciais de um produto ou serviço, a comunicação contribui para disseminação de uma cultura ainda incipiente na sociedade, ampliando a consciência da população em torno da importância do seguro para a proteção. Mas, mesmo com um papel tão relevante nesse mercado, acredito que ainda há espaço para que o ato seja aprimorado e atinja a sociedade plural que temos de maneira mais personalizada e precisa, levando em consideração as diferentes faixas etárias, etnias e classes sociais. Dando sequência, antes de falar sobre como podemos trabalhar a comunicação no mercado, gostaria de retomar um pouco na história do seguro.
Para quem não sabe, há registros da origem do seguro, claro que de maneira rudimentar, na Mesopotâmia, mais de 2 mil anos antes de Cristo, quando condutores de caravanas firmavam contratos de seguros para proteção de seus animais de carga. Com um histórico tão longo de existência, é de se pensar que todos já deveriam saber da sua importância, não é mesmo? Ao longo desse período, muitos paradigmas sobre o seguro já foram criados, no Brasil o produto passou ai a ser visto como um custo e não como uma opção de investimento para o futuro, diferentemente da realidade em muitos outros países no mundo, que já tem essa cultura muito mais estabelecida.
Nesse cenário, não há como negar que o seguro é imprescindível em qualquer período ou década, tanto é que sua existência, ainda que vista de outras perspectivas, sempre perdurou na sociedade. E a comunicação tem participado como uma grande aliada para desmistificar as percepções contrarias e conscientizar a população, levando em conta a necessária diversificação das mensagens e canais.
Mesmo com uma grande evolução, que acompanhou o desenvolvimento desse mercado ao longo das décadas, ainda há espaço para aprimorarmos a comunicação e atingirmos cada vez mais a nossa missão como securitários e atuantes na área de comunicação. Nesse sentido, é preciso marcar presença do e-mail corporativo ao vídeo do TikTok, da feira agropecuária ao festival de música, do ponto de ônibus à área VIP do aeroporto, para, de fato, podermos impactar e conscientizar o maior número de pessoas. Devemos desenvolver mensagens que exponham a importância dos produtos do meio, tocando cada indivíduo de um país tão culturalmente rico e diverso como o Brasil.
Costumo dizer que o seguro é previsibilidade e segurança em um mundo extremamente incerto; é não ser surpreendido; é saber que se algo acontecer com você ou sua família há como enfrentar as adversidades de uma forma melhor; é saber que sua empresa estará segurada, caso algum imprevisto ocorra. É nesse cenário que devemos, como profissionais de comunicação atuantes neste mercado tão poderoso, direcionar os nossos esforços para que, cada vez mais, pessoas conheçam os benefícios dos seguros e consigam levar a vida com mais tranquilidade.
* Por Regina Macedo, superintendente de Comunicação e Análise de Mercado do Grupo Bradesco Seguros