Revista Apólice – Por 06/05/2024 as 09:59

Com evolução dos prêmios ganhos e melhora da sinistralidade em seguros, crescimento das receitas de corretagem e aumento dos volumes arrecadados em previdência e capitalização, a BB Seguridade anunciou ao mercado um lucro de R$ 2,0 bilhões no primeiro trimestre de 2024.

O resultado operacional não decorrente de juros foi a alavanca de crescimento da Companhia, aumentando 10,9% no período, acima do guidance divulgado. A evolução do operacional mais do que compensou a retração do resultado financeiro causada pelo descasamento temporal de índices de inflação que corrigem os planos de previdência de benefício definido, pela marcação a mercado negativa nas posições em títulos de renda fixa e pela queda da taxa Selic. O efeito da queda da taxa Selic foi parcialmente anulado pela expansão de aproximadamente 10% no saldo médio de posições pós-fixadas de todas as empresas do grupo.

André Haui, presidente da BB Seguridade, destaca que “mesmo diante de um cenário desafiador para o resultado financeiro, com a queda da Selic, esse resultado da BB Seguridade demonstra a solidez de uma companhia bem fundada em seus pilares estratégicos e a capacidade de se adaptar e transformar. Modernização tecnológica, ampliação dos modelos de negócios e experiência do cliente são e continuarão a ser os balizadores da nossa gestão”.

Destaques:

  • Seguros: lucro líquido da operação cresce 11,7%

No 1T24, o lucro líquido da operação de seguros evoluiu 11,7% em relação ao primeiro trimestre de 2023, impulsionado principalmente pela alta dos prêmios ganhos retidos (+9,6%) e melhora da sinistralidade (-2,8 p.p), ambos contribuindo para o aumento de 12% no resultado operacional não decorrente de juros.
Os prêmios emitidos aumentaram 15,3% no comparativo, impulsionados por todas as linhas de seguros, mas com especial destaque para prestamista (+35,2%), penhor rural (+54,1%) e vida produtor rural (+28%).

  • Previdência: contribuições atingem recorde trimestral histórico

No 1T24, as contribuições para planos de previdência cresceram 13,5% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado e totalizaram R$ 16,8 bilhões, número que representa o maior volume trimestral da série histórica. O índice de resgates atingiu 8,6% – menor patamar trimestral desde o 4T20 – e a portabilidade reduziu 0,5 p.p. O volume recorde de entradas e a redução nas saídas de recursos levaram a uma captação líquida de R$5,6 bilhões, quase o triplo do que foi registrado no 1T23, com as reservas de planos PGBL e VGBL expandindo 15,2%.

  • Capitalização: arrecadação cresce 16,4%

A arrecadação com títulos de capitalização cresceu 16,4%, com alta no ticket médio dos títulos. O lucro líquido da operação evoluiu 12,8% em relação ao registrado no mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 70,7 milhões, impulsionado pelo crescimento de 32,9% do resultado financeiro.