Notícias | 20 de Dezembro de 2021| Fonte: CNSeg – Comissões da CNseg
“O Brasil é considerado um dos melhores países da América Latina em relação às políticas de inclusão e equidade de gênero e líder mundial em relação a estratégias de inclusão financeira”, afirmou Francisco Astelarra, Secretário-Geral da Federação Interamericana de Empresas de Seguros (FIDES), em participação na última reunião da Comissão de Seguros Inclusivos da CNseg (CSInc) em 2021, realizada em 13 de dezembro, de forma remota.
Francisco Astelarra veio apresentar a pesquisa realizada pelo grupo de trabalho, presidido por ele, de Seguros Inclusivos da Federação Global de Associações de Seguradoras (GFIA, na sigla em inglês), para avaliar o acesso das mulheres a seguros acessíveis e as práticas de diversidade e inclusão e de educação financeira nos mercados de seguro mundial, envolvendo membros da Federação de 21 países.
A reunião também contou com a participação do Presidente da CNseg, Marcio Coriolano, que exaltou o trabalho desenvolvido pelo executivo argentino à frente da FIDES, e também dos membros da Comissão, afirmando que nunca tinha visto “um envolvimento tão grande, de pessoas tão capacitadas, que doam seu tempo para contribuir para o sistema de seguros como um todo”.
Como o Secretário-Geral da FIDES já havia adiantado, o Brasil está muito avançado em relação a ações de inclusão financeira, com as seguradoras brasileiras possuindo diversos projetos relacionados, para diferentes públicos, inclusive para jovens em situação de vulnerabilidade social. Além disso, as grandes seguradoras em operação no País possuem produtos voltados exclusivamente para mulheres, como seguros de vida e de automóvel. Outro ponto muito positivo em relação ao Brasil identificado na pesquisa é que 90,5% das seguradoras adotam práticas que promovem a diversidade e combatem a discriminação. A iniciativa da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) de promoção da educação financeira, previdenciária, de seguros e fiscal como instrumento de inclusão social também foi outro ponto de destaque na pesquisa, em relação ao Brasil. A pesquisa também identificou que as seguradoras brasileiras têm uma força de trabalho composta majoritariamente por mulheres (55%) e, embora elas ainda não sejam maioria nos cargos de liderança, essa diferença em relação aos homens vem diminuindo.
A pesquisa da GFIA, informou Astelarra, terá uma nova fase em 2022, abordando questões mais operacionais para o fortalecimento da inclusão financeira das mulheres. Entretanto, ele afirmou que qualquer projeto que vise o aumento da inclusão financeira precisa contar com a colaboração do governo no estabelecimento de políticas públicas relacionadas.
A Superintendente de Relações de Consumo e Sustentabilidade da CNseg, Luciana Dall’Agnol afirmou que, identificadas todas as iniciativas de inclusão financeira por parte das empresas brasileiras, resta agora avaliar suas efetividades, para saber se estão conseguindo alcançar os objetivos propostos.
Também presente na reunião, a Diretora-Executiva da CNseg Solange Beatriz Palheiro Mendes afirmou que o tema da inclusão financeira é muito caro para a Confederação Nacional das Seguradoras e, agora, com as mudanças na regulamentação, “temos uma motivação renovada e, em breve, teremos novas e boas notícias”.