Revista Cobertura – Por 36 visualizações 28/06/2023 as 07:42
As fraudes relacionadas a seguros na América Latina resultam em perdas anuais de aproximadamente US$ 50 bilhões, sendo a Argentina o país com maior incidência. Segundo a Federação Interamericana de Empresas e Seguros (Fides), cerca de 45% das contratações neste país apresentam irregularidades, enquanto no Brasil a média fica entre 14% e 15%.
No Brasil, as fraudes de seguros são consideradas crimes e estão sujeitas às penalidades previstas na legislação. O artigo 171 do Código Penal Brasileiro prevê reclusão de um a cinco anos para quem fraudar o seguro de um carro para receber o prêmio da apólice.
A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) é o órgão regulador responsável pela supervisão e controle das atividades de seguros no país. Alguns exemplos comuns de fraudes de seguros no Brasil incluem:
- Afirmações inverídicas: o segurado fornece dados incorretos ou aumenta o valor do prejuízo ou dano para obter uma compensação maior do que a devida.
- Reivindicações forjadas: o segurado simula um acidente ou perda para obter uma compensação indevida.
- Falsificações: envolve adulteração de documentos, declaração de um valor mais alto do que o real do bem, alegação de reivindicações imaginárias ou danos pré-existentes.
É importante lembrar que a grande maioria dos segurados é honesta, e as fraudes não são generalizadas. Elas prejudicam o setor como um todo, levando a um aumento dos prêmios para todos os segurados.
Para combater delitos, as seguradoras no Brasil geralmente possuem equipes especializadas em investigação de sinistros. Além disso, a SUSEP trabalha em conjunto com a polícia e empresas privadas para identificar e punir aqueles que as cometem.
Ao examinar em detalhes a questão, a pesquisa da CNSeg “20º Ciclo do SQF”, divulgada em dezembro de 2022, revelou que, no primeiro semestre de 2022, 11,4% do total de sinistros registrados no país foram classificados como suspeitos. Destes, 15,7% foram fraudes confirmadas, totalizando R$ 460 milhões em valores perdidos.
As companhias de seguros procuram métodos para identificar possíveis fraudes e talvez a mais importante delas seja realizada durante a fase de contratação da cobertura.
“Na Kakau, a vistoria digital ajuda a avaliar e agilizar a análise de um futuro sinistro. De maneira simples, ela serve para comprovar o valor do bem e o estado de conservação dele no momento da contratação. Prova disso é a nossa estimativa de 6% de fraude dos seguros, no período de janeiro a maio de 2023, E isso representa quase 30% do valor que seria pago em indenizações neste período. Isso porque, em sua grande maioria, os bens dos potenciais fraudadores, são os de maior valor.”, afirma o CEO da Kakau, Henrique Volpi.
A inspeção até então era vista com certo preconceito. A maioria das pessoas imagina um processo burocrático e com a necessidade de visitas presenciais. Mas a tecnologia Kakau Sonar deixou esse conceito no passado.
Realizada 100% online, um celular, por exemplo, passa por alguns testes de tela e na câmera, que garantem que o aparelho funciona bem e pode ser segurado. São verificados riscos e danos já existentes. Logo após a inspeção feita nesse primeiro momento, uma série de problemas, acidentes e infortúnios sofridos no futuro estarão cobertos pela apólice.
“O nosso índice de fraudes está abaixo do mercado. Isso porque temos o Kakau Sonar. Trata-se de um score proprietário para monitoramento de risco (underwriting engine), que utiliza modelos estatísticos e aplica algoritmos de aprendizado de máquina. A solução utiliza dados fornecidos por clientes e contextuais para aprimorar a análise”, explica Volpi.
Ao analisar um conjunto de pontos de dados por pessoa, o modelo chega em um score de risco, que utiliza o aprendizado de máquina (Machine Learning) para se aperfeiçoar.
É muito importante, ao escolher uma seguradora, verificar o funcionamento da fase de vistoria. Ela é o passaporte para evitar fraudes e garantir uma indenização justa caso algo aconteça!