Revista Cobertura – Por 25/01/2022 as 12:52
Com o resultado acumulado até novembro – alta de 13,3% sobre 2020 ou de 13,6% nos últimos 12 meses -, o setor de seguros só depende de uma arrecadação em dezembro equivalente à do último mês de 2020 para fechar o ano de 2021 com crescimento anual de dois dígitos. Com essa repetição, no mínimo a receita do setor terá avançado 11,8% no exercício de 2021, escreve o Presidente da Confederação Nacional das Seguradoras – CNseg, Marcio Coriolano, no editorial da Conjuntura CNseg nº 62, publicação já disponível no portal.
Até novembro, o setor gerou (sem Saúde e DPVAT) R$ 275,3 bilhões em arrecadação. Esta receita, 13,3% acima do mesmo período de 2020, foi resultado da evolução do segmento de Danos e Responsabilidades (sem DPVAT) – R$ 80,9 bilhões até novembro (ou 13,6% a mais que o arrecadado até novembro de 2020); e dos R$ 172,2 bilhões em prêmios e contribuições (14,1% sobre o arrecadado no mesmo período do ano anterior) no segmento de Coberturas de Pessoas. “Vale notar que o desempenho do setor de seguros não mudou substancialmente de comportamento ao longo do ano, sempre com movimentos desiguais entre segmentos e efeitos de ciclos curtos de produtos”, destaca Marcio Coriolano.
Em novembro, a movimentação alcançou R$ 25,6 bilhões, com alta de 1,1% sobre outubro. No caso dos seguros de Danos e Responsabilidades (sem DPVAT), a alta de novembro foi de 14,8% (cerca de R$ 7,5 bilhões) em relação ao mesmo mês do ano anterior. Destaque do segmento foi o ramo de Automóveis, produto de maior market share entre os da linha de Danos e Responsabilidades. Sua arrecadação no mês foi de R$ 3,5 bilhões, com salto de 7,4% na margem, ou seja, sobre outubro de 2021, consolidando a tendência de crescimento na média de 12 meses móveis (R$ 37,7 bilhões).
Já a receita do segmento de Pessoas somou R$ 15,9 bilhões em novembro. A movimentação representou aumento de 11% na comparação com outubro de 2020. O grupo formado pelos Planos de Risco arrecadou R$ 4,3 bilhões, alta mensal de 9,4% na comparação interanual. Já os Planos de Acumulação (R$ 11,3 bi) ficaram 11,9% acima das contribuições em novembro do ano passado.
No acumulado do ano, o segmento dos Títulos de Capitalização arrecadou R$ 22,2 bilhões, 6,2% superior ao do mesmo período de 2020. Em novembro, o valor arrecadado chegou a R$ 2,2 bilhões, montante 9,5% acima do mesmo mês do ano anterior.
O setor segurador, olhando os novos números, apresentou um desempenho muito positivo comparado aos pares da indústria e do comércio. Enquanto o setor apresentou avanço em novembro de 12% sobre o mês de 2020, a indústria caiu 4,4% e o comércio 2,9%, ao passo que setor de serviços cresceu menos, 10%, segundo Pesquisas Mensais do IBGE de setembro. “O efeito precaucional contra riscos continua despertando maior interesse da população por ramos de seguros com coberturas diretamente correlacionadas à proteção de patrimônios e pecúlios para a família”, explica Marcio Coriolano. Pela métrica de 12 meses móveis, a receita do setor supera R$ 306 bilhões até novembro, alta de 13,6%, ao passo que em outubro crescera 12,6%. Marcio Coriolano acrescenta que, no caso do seguro, as taxas de crescimento acumuladas nos 11 meses do ano de 2021 foram maiores do que as apresentadas no mesmo período de 2020.