Notícias | 17 de maio de 2021 | Fonte: CQCS
O seguro sob demanda, ou o ‘liga e desliga’ está se popularizando no Brasil, mas, de acordo com uma matéria publicada no site ‘JJ’ dia 12/5, ainda traz incertezas devido ao fato de poucas seguradores utilizarem e por estar em fase de estudos e observações.
O Corretor Maureci Ferrite de Oliveira, diretor da Gebram Seguros, pontuou ao site que esse formato de seguro ainda não está bem estabilizado no mercado e oferece riscos. “Eu ainda não tenho visto as companhias de seguros tradicionais, as de ponta, estarem oferecendo esses produtos ‘liga e desliga’. Daquelas que operamos, ainda não temos essa disponibilidade. É um produto que precisa de bastante esclarecimento, temos que esperar um pouco ainda para aderir”.
No entanto, Maureci pontua que esse tipo de seguro não deixa de ser um produto alternativo para os clientes que enxergam nesse tipo de contrato, algo útil. “Hoje com a pandemia, tem muitas pessoas com o carro parado, por exemplo, então esse formato talvez acabe sendo bom nesse caso. Mas eu me sinto um pouco inseguro, pois não sei se as pessoas que comprarem esse produto terão o hábito para ligar ou desligar a cobertura”, explicou.
João Renato Cecchi, gerente da Marechal Corretora de Seguros, ressaltou que essa nova oferta pode não trazer muitos benefícios financeiros para os clientes. “Quando eu fiz uma cotação em uma empresa do Rio de Janeiro, constatei que iria pagar menos no seguro tradicional do que no ‘liga e desliga’. O jeito tradicional pode parecer mais caro, mas esse novo formato vai depender muito da análise de perfil do clientes”, explica.
Ainda segundo João, as 10 maiores seguradoras do país não trabalham com esse tipo de seguro. “Além de não ser necessariamente mais barato e de trazer muita insegurança, existe uma cultura de nós brasileiros que pode impedir isso de progredir. Não é porque deu certo em tal país, que vai dar certo aqui. São realidades distintas. Temos que ter uma mentalidade de adaptação de tecnologia para nossa realidade”, afirma.