Ultima atualização 4 de abril de 2023
EXCLUSIVO – Com a retomada da vida normal após a pandemia, mais pessoas estão circulando pelas ruas com seus veículos, o que consequentemente aumentou a criminalidade pelo Brasil. Em alguns estados, os casos de roubo e furto de automóveis estão voltando ao nível anterior à Covid-19. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o país registrou cerca de 64 roubos e furtos de veículos por hora em 2022.
Em Pernambuco, por exemplo, mais de 11 mil motoristas foram abordados por criminosos no ano passado, segundo informações da SDS (Secretaria de Defesa Social). O montante é 15,35% maior quando comparado com 2021, quando foram registrados cerca de nove mil boletins de ocorrência de roubos ou furtos de veículos na região.
Dados como estes reforçam a importância do seguro automóvel. Jaime Soares, diretor executivo de Seguros de Automóvel da Porto, afirma que com o produto é possível minimizar perdas financeiras, além de diminuir o estresse emocional causado pelo imprevisto. “Com a segurança oferecida pelo seguro, existe a recuperação financeira, possíveis reparos no veículo e até mesmo assistência em emergências. Todos os fatores, no entanto, dependem das coberturas que o segurado escolherá no ato do contrato, que podem ser para situações emergenciais ou que envolvem apenas a rotina de cada um”.
Em caso de roubo ou furto do carro, a primeira ação a ser tomada pelo motorista deve ser informar os órgãos responsáveis para a realização de boletim de ocorrência. Após o comunicado às autoridades, é possível acionar o seguro para informar o incidente e dar entrada no processo de sinistro. “No caso da Porto, o segurado pode realizar o acionamento do serviço através do aplicativo da companhia. Neste momento, é importante dar todos os detalhes do automóvel para que ele seja localizado o mais rápido possível”, diz Soares.
Para Manes Erlichman, novo Senior Advisors da Creditas, empresa que adquiriu a Minutos Seguros em 2021, um dos principais fatores que levaram ao crescimento desse tipo de crime é o abastecimento de um mercado paralelo e clandestino de compra e venda de peças usadas. O executivo fala sobre como o aumento de roubo e furto de carros afeta o seguro automóvel. “Toda seguradora faz um estudo muito detalhado, baseado no histórico de clientes e em estatísticas, para definir o valor de um seguro e, caso essa companhia já tenha muitos sinistros registrados para determinado modelo de automóvel, essa apólice fica mais cara”.
Segundo dados da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), apenas 30% da frota brasileira conta com uma apólice. Questionado sobre como o mercado de seguros pode expandir a carteira, Erlichman reforça que são necessárias políticas públicas que reduzam esse tipo de crime. “A alta no preço do seguro automóvel, principal razão para que a maior parte da população brasileira não adquira o produto, tem relação direta com os índices de roubo e furto de veículos. Pelo lado das seguradoras, há constante investimento no sentido de coibir as fraudes, bem como o aprimoramento de processos e emprego de tecnologia para evitar os roubos e furtos dos automóveis”.
Soares ressalta a importância dos corretores de seguros no atendimento ao cliente em casos de sinistros, e como esses profissionais podem atuar para conquistar novos segurados. “Para expandir os serviços com os clientes, os corretores parceiros participam de inúmeros programas, capacitações, sessões de atualização e eventos para entender quais os produtos que estão disponíveis atualmente. Manter-se informado é o ideal para apresentar as melhores soluções para cada situação. Temos também uma preocupação e forte atuação em ferramentas para melhorar o dia a dia do corretor, o que ajuda na ampliação dos negócios”.
Nicole Fraga
Revista Apólice