Notícias | 13 de julho de 2022 | Fonte: Rádio Uirapuru

Os seguros de veículos tiveram um aumento sete vezes acima da inflação no Rio Grande do Sul. No Estado foram pagos R$ 761 milhões em indenizações.

Em entrevista na Uirapuru, o proprietário da Fante Corretora de Seguros, Eduardo Ricci Fante, confirmou que o segmento de seguros está vivendo um momento conturbado, principalmente na área de danos a veículos, onde o processo está inflacionado e trouxe aumento no valor das apólices de seguros de fevereiro para cá.

Conforme Fante, as estatísticas que uma seguradora aplica para taxar o preço do seguro leva em consideração diversas variáveis: região onde está sendo realizado o seguro, índice de furto e roubo que essa região imprime para a sociedade, além da frequência de sinistros que a cidade tem e o perfil dos condutores. Com base nessas variáveis, a companhia identifica quais modelos de veículos são mais problemáticos em relação a reposição de conserto e peças e quais são mais suscetíveis a roubo e furto. Além disso, o contexto socioeconômico, os aumentos de crimes e o processo inflacionário também trazem reflexos para os riscos que as seguradoras têm com determinados veículos.

De acordo com Fante, a Tabela Fipe teve grande aumento, mas o principal fator que aumentou os seguros de veículos é o custo de reposição e quanto custa para reparar automóveis em caso de colisão. Segundo ele, essa área teve aumento de 300 a 400% de aumento. Além disso, muitas peças de reposição estão em falta no mercado.

Fante afirma que tudo isso gera um contexto em que há inflação por falta de peças e acaba apertando na tarifação do seguro. Alguns modelos sofrem mais que outros, mas, em geral, o aumento médio no preço dos seguros é de 30% em função disso.