Sonho Seguro – Por Denise Bueno -11/01/2022 16:36
A CNN destaca que na lista de despesas para quem tem um carro, a contratação de um seguro está, provavelmente, no topo. O valor a ser pago pelo contratante é formado por uma série de fatores. Marcelo Sebastião, presidente da Comissão de Automóvel da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), diz que os principais são: dados do proponente e do condutor (idade, sexo, endereço, entre outros), perfil de utilização do veículo, região de circulação, CEP de pernoite, a marca, o tipo e o ano do veículo.
A proposta pode sofrer reajustes dependendo da frequência de colisões, parcial ou integral, roubos e furtos, custo de peças e mão de obra de reparo, além das alíquotas dos impostos federais, estaduais e municipais. Hoje, o país conta com 19,7 milhões de veículos segurados, de acordo com os dados da FenSeg.
Realizado pela insurtech TEx, o IPSA (Índice de Preços do Seguro de Automóvel) aponta que, em novembro de 2021, o valor de um seguro representava, em média, 5,1% do preço de tabela do automóvel. Ou seja, no caso de um carro avaliado em R$ 50 mil, o desembolso foi de R$ 2,5 mil.
Realizado a partir de informações de corretores localizados em 4 mil cidades do Brasil, o levantamento aponta que, quando dividido por gênero, o percentual ficou em 5,3% para os homens e de 4,9% para as mulheres. No caso da faixa etária, o mais elevado, 8,8%, foi cobrado daqueles com idade entre 18 e 25 anos, e o mais baixo, 4%, dos condutores com 56 anos ou mais.
Emir Zanatto, CEO da TEx, diz que o ano de 2021 foi totalmente atípico para a indústria do seguro. O valor dos contratos foi diretamente impactado pela alta dos veículos seminovos, uma valorização em média de 20%, pela falta de carros novos para pronta-entrega e pela escassez de peças e componentes de reposição. “São fatores pouco usuais e que resultaram nessa situação dos preços dos seguros. Em 2022, no período pós-pandemia, a tendência é de uma acomodação das tabelas de valores”.
Zanatto conta que, de janeiro a dezembro de 2021, o consumidor buscou alternativas para seguir com o veículo segurado, principalmente a escolha por apólices com franquia reduzida em 50% e o parcelamento do serviço em 10 parcelas.
Conhecido por seu conservadorismo, o setor também passou a avaliar novas formas de atuar e enfrentar os efeitos da pandemia. Emir informa que já são realizados testes com contratos que usam como referência a forma de condução do veículo e o período de uso.
No primeiro caso, um dispositivo faz, por meio de um aplicativo, um relatório com velocidade média, destreza nas curvas e outros fatores. No segundo, o valor é definido pelos dias de circulação. Um motorista que só roda aos finais de semana não pagará um seguro igual ao daquele que tira o carro da garagem todos os dias.