Pessoas deixam currículos em ponto de anúncios de vagas de emprego no centro de São Paulo06/10/2020REUTERS/Amanda Perobelli
Do CNN Brasil Business – 27/10/2022 às 09:01 | Atualizado 27/10/2022 às 09:40
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 8,7% no trimestre encerrado em setembro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (27).
Trata-se da menor taxa desde o trimestre fechado em junho de 2015 (8,4%) e representa uma queda de 0,6 ponto percentual (p.p.) na comparação com o trimestre anterior, terminado em junho (9,3%), e 3,9 p.p. frente ao mesmo período de 2021 (12,6%).
O mercado esperava uma taxa de 8,7% no período, segundo pesquisa da Reuters.
Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).
O contingente de pessoas ocupadas cresceu 1% no trimestre e bateu novo recorde na série histórica, iniciada em 2012, totalizando de 99,3 milhões de pessoas.
“A taxa de desocupação segue a trajetória de queda que vem sendo observada nos últimos trimestres. A retração dessa taxa é influenciada pela manutenção do crescimento da população ocupada”, destaca Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad.
O número de trabalhadores desocupados, por outro lado, chegou ao menor nível desde dezembro de 2015, com queda de 6,2% (menos 621 mil pessoas) no trimestre e 29,7% (menos 4 milhões de pessoas) no ano.
O nível de ocupação chegou ao patamar mais alto desde outubro de 2015, a 57,2%, subindo 0,4 pontos percentuais na comparação trimestral e 3,1 p.p. na anual.
Número de trabalhadores sem carteira assinada se mantém recorde
O contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado se manteve estável na comparação trimestral, em 13,2 milhões de pessoas. Este é maior nível desde o início da série histórica, em 2012. No ano, o dado apresentou alta de 13%, com mais 1,5 milhão de pessoas.
Quanto aos trabalhadores registrados, houve crescimento de 1,3% em relação ao trimestre anterior, ao patamar de 36,3 milhões de pessoas. Na comparação anual, cresceu 8,2%.
A taxa de informalidade recuou em 0,6 p.p. na comparação trimestral, a 39,4%, totalizando 39,1 milhões de pessoas. O recuo foi de 1,2 p.p. em relação ao mesmo trimestre de 2021.
*Em atualização / publicado por Ligia Tuon e Tamara Nassif